“UMinho era uma família pequenina, mas toda a gente se dava muito bem”

A Universidade do Minho era apenas um sonho que acabava de se tornar realidade, quando Isabel Maria Teixeira começou a prestar serviços à instituição. A 1 de abril de 1974, tornava-se uma das primeiras funcionárias a chegar à UMinho ao assumir o secretariado, no edifício onde agora mora a Biblioteca Pública de Braga. “Era uma família pequenina, mas toda a gente se dava muito bem. Tabalhávamos quando era preciso”, recorda aos microfones da RUM.
Muito antes dos atuais 21 mil alunos, 1700 professores e investigadores e 700 colaboradores, divididos entre os três campi, a Universidade do Minho surgia em evento que dava posse, no Largo do Paço, em Braga, à Comissão Instaladora e ao reitor Carlos Lloyd Braga, a 17 de fevereiro de 1974. A antiga funcionária garante que o professor “era impecável no tratamento” com a equipa que prestava serviços à instituição minhota. “Eu lembro-me que na altura da entrega dos orçamentos e no final do ano, o senhor reitor encomendava na Lusitana o jantar para toda a gente”, recorda.
Isabel Maria Teixeira prestou serviços à instituição por mais de 35 anos e relembra que, no início, o administrador “era muito bem disposto e nunca tinha um ar de zangado”. Lembra também que mesmo que “houvesse algum engano” ou algo não corresse bem, cumpria sua função de coordenador e chamava a atenção, “mas acabava sempre com uma brincadeira, para ninguém ficar melindrado”.
Apesar dos números bem mais modestos à época, Isabel Maria Teixeira recorda o impacto da instituição na cidade de Braga já nos anos 70. “Primeiro troxe muita gente”, lembra a ex-secretária que viu chegar à cidade professores e alunos, “que vieram de outros lados”. “Acho que dinamizou muito a cidade em si. A grande expansão da cidade, deve-se também à vinda da universidade para aqui”, aponta.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Liliana Oliveira
