Atores amadores de Braga reclamam maior investimento no teatro

“O governo não apoia suficientemente a cultura, o teatro em particular, e o amador ainda pior”, diz Diamantino Esperança, que “vive e respira o teatro há cerca de 33 anos”.  

Nesta quarta-feira, dia 27 de março, celebra-se o Dia Mundial do Teatro. A data é comemorada em todo o mundo há mais de 60 anos, assinalando a diversidade cultural e artística. Em Braga, os atores amadores aproveitam o dia  para reivindicar apoios e lembrar as dificuldades que enfrentam.

Na Junta de Freguesia de Vimieiro, onde, por estes dias, se ensaia a peça ‘Até Quando’, apresentada a 7 de abril, no Theatro Circo, a RUM encontrou atores amadores e profissionais com uma paixão comum: o teatro.

Diamantino Esperança, membro da Nova Comédia Bracarense, explica que o suporte dos projetos em que participa é quase nulo. “É necessário melhorar infraestruturas e apoios, pois falamos de um teatro amador, que vive sem recursos e há muitas dificuldades nesse sentido”, frisa.

 “O teatro não é só chegar ao palco e representar”

Além da “dificuldade em recrutar pessoas que queiram fazer teatro”, Maria Rodrigues Pinto, de 20 anos, detalha o porquê das necessidades de apoios. “O teatro não é só chegar ao palco e representar. Exige equipamento sonoro, cenários, figurinos e, às vezes, isso acaba por ser um problema”, diz a atriz.

A jovem do Grupo Cénico de Arentim descreve ainda que “as pessoas têm desvalorizado esta arte” e que “é necessário investir para chamar mais gente às plateias”. No entanto, conta que os espetáculos em Arentim costumam ter casa cheia, promovendo assim um sentimento “satisfatório” para os atores amadores do grupo.

Desde os mais novos até aos mais velhos, a falta de apoios é queixa consensual. José Dias está ligado ao mundo do teatro há mais de 40 anos e confirma as dificuldades vividas no meio artístico. “Os apoios nunca serão aquilo que pretendemos e é preciso que as salas de espetáculos estejam devidamente equipadas de forma a permitir a realização de atividades artística nas localidades”, refere. 

O ator da Associação Recreativa de Trandeiras aponta à necessidade de “captar público nas aldeias”, para “dar uma formação cultural às pessoas”.  “É muito melhor para termos uma sociedade muito mais evoluída culturalmente e, ao mesmo tempo, trazer essas pessoas para o seio do grande Theatro Circo”, finalizou.

Escrito por Rodrigo Costa 

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