Covid-19. Terceira dose da vacina para pessoas com imunossupressão maiores de 16 anos

Prevê-se que a vacinação vá incluir menos de 100 mil utentes nos centros de saúde.  

A Direção-Geral da Saúde recomenda a terceira dose da vacina contra a Covid-19 a pessoas com imunossupressão, maiores de 16 anos.

Esta recomendação inclui pessoas com VIH, que fizeram transplantes, doentes oncológicos e portadores de outras doenças autoimunes.

Nestes casos a, terceira dose da vacina pode ser administrada três meses após a segunda dose, mediante prescrição do médico assistente.

Prevê-se que a vacinação vá incluir menos de 100 mil utentes nos centros de saúde.

De acordo com Graça Freitas, os médicos assistentes já poderão fazer esta prescrição, “como já fazem para outras patologias e como já fizeram no passado e as pessoas serão vacinadas” nos centros de saúde.

Os “centros de saúde terão capacidade de as vacinar”, assegura.

“Serão certamente menos de 100 mil pessoas” que estarão em condições de receber esta dose adicional das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna.

“Isto não é um reforço. É uma dose adicional de vacina, porque pode ter acontecido que, na altura em que estas pessoas foram vacinadas, não estivessem com o seu sistema imunitário com capacidade de reagir à vacina”, explicou.

Quanto aos idosos, Graça Freitas referiu que a indústria farmacêutica ainda não submeteu o respetivo processo de autorização à Agência Europeia do Medicamento (EMA) e a situação ainda está a ser estudada.

O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, aplaude a decisão da DGS de dar mais uma dose de vacina a quem tem imunossupressão.

Diz ainda que fica aberta a porta para alargar a terceira dose da vacina a outros grupos de risco.

A decisão segue o que foi anunciado também pela ECDC. O Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) não recomenda uma terceira dose para reforço da vacinação contra a covid-19 na União Europeia (UE), admitindo apenas este cenário para pacientes imunodeprimidos, como recetores de transplante.

“De momento, não há absolutamente nenhuma prova que mostre que a terceira dose é necessária para todos. A nossa posição é de que, basicamente, as pessoas que provavelmente nunca responderão ao ciclo de vacinação com duas doses podem precisar realmente de uma terceira dose, mas não como um reforço, antes como uma conclusão do seu ciclo inicial e estou a falar de pessoas que são imunodeprimidas”, afirma o diretor do departamento de Vigilância do ECDC, Bruno Ciancio.

RTP

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