Covid-19. Peritos e políticos fazem ponto da situação no Infarmed 

Especialistas e políticos voltam a reunir-se no Infarmed, em Lisboa, esta sexta-feira, para fazerem o ponto da situação da pandemia. Ao que tudo indica não são esperadas novas medidas de contenção.

O ministro da Saúde disse na quinta-feira, depois de uma reunião do Conselho de Ministros, que o Governo não tem intenção “pelo menos no curto prazo”, de regressar ao estado de alerta e impor medidas de saúde pública para combater a Covid-19.

Ao anunciar, há uma semana, a reunião de hoje, Manuel Pizarro disse que seria uma reunião pontual, adiantando que “não há nenhum indicador” epidemiológico que justifique efetuar reuniões regulares.

A Associação de Médicos de Saúde Pública concorda que não há necessidade de avançar com medidas restritivas. Gustavo Tato Borges disse à Renascença que “tendo em conta a realidade epidemiológica, os números de internamentos e óbitos por covid-19, não há uma necessidade, nesta fase, de adotar medidas mais restritivas com a exceção do regresso do uso obrigatório de máscara em transportes públicos, nas farmácias e em outros locais com grandes aglomerados populacionais”.

Durante quase dois anos, Governo e peritos reuniram-se no auditório do Infarmed para avaliarem os indicadores que permitiram avançar ou recuar nas medidas de combate à Covid-19. A última dessas reuniões ocorreu em fevereiro.


Entretanto, a Direção-Geral da Saúde atualizou a norma relativa à campanha de vacinação sazonal contra a Covid-19, incluindo as pessoas a partir dos 50 anos na população elegível. Uma situação que já tinha sido confirmada à Renascença por Graça Freitas.

Segundo a informação divulgada, as pessoas desta faixa etária (50-59) “começarão a ser convocadas para vacinação brevemente”.

Numa informação divulgada no seu site, a DGS diz que o último parecer da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 aponta benefícios neste alargamento, “já que se alcança um nível mais elevado da cobertura de reforço sazonal”, prevendo-se, consequentemente, uma maior redução do número de hospitalizações relacionadas com a Covid-19 ao longo dos próximos meses de inverno.

O índice de transmissibilidade (Rt) do vírus que provoca a Covid-19 aumentou para 0,97 em Portugal e a média diária de casos subiu para 820 infeções, anunciou esta quinta-feira o Instituto Ricardo Jorge (INSA).

O relatório semanal sobre a evolução da Covid-19 avança que a média do Rt – indicador que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – subiu para 0,97 a nível nacional entre 1 e 5 de novembro, depois de estar em 0,87 no período entre 25 e 29 de outubro.

Portugal registou, entre 25 e 31 de outubro, 5.920 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 53 mortes associadas à covid-19 e um novo aumento dos internamentos, indicou o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

c/Lusa

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