CMB “não se demite da responsabilidade pela correta execução do Plano de Urbanização das Sete Fontes”

O Plano de Urbanização das Sete Fontes voltou a promover troca de palavras na Assembleia Municipal, esta segunda-feira. O assunto foi levantado pelo presidente da Junta de S. Victor, a propósito do abate ilegal de árvores que ali ocorreu, há cerca de duas semanas. Ricardo Silva apelou, na Assembleia Municipal, à Câmara de Braga que assegure a reflorestação das Sete Fontes, depois do abate ilegal que decorreu naquela zona da cidade recentemente.
“O incompreensível abate de árvores causou uma clareira que o plano urbanístico das Sete Fontes sanciona. Com a execução da unidade construtiva de frente para o Retail Center, e com o consequente abate de árvores que aí vai acontecer, antevê-se que aquela zona vai ficar despida de cobertura vegetal. Por isso, a Assembleia Municipal de Braga recomenda ao município que encete diligências junto dos proprietários dos lotes agora afetados, para proceder à replantação e florestação daqueles espaços, seguindo normativos de qualidade ambiental que melhor se adequem ao espaço que se quer como parque usufruído pela população”, afirmou Ricardo Silva.
Na resposta, o vereador com as pastas do Planeamento, Ordenamento e Gestão Urbanística, João Rodrigues, garantiu que a autarquia “não se demite como autora, mentora e responsável pela correta e regular execução do Plano de Urbanização das Sete Fontes”. “Será sempre a principal responsável e será sempre à Câmara Municipal que caberá a defesa do cumprimento do plano”, frisou. Recorde-se que, à RUM, João Rodriugues já havia garantido que o espaço será reflorestado, de acordo com o regulamento rigoroso do Plano Urbanístico do Parque das Sete Fontes.
Do lado do PS, na perspetiva de Eduardo Gouveia, os prédios ficarão prontos antes de se iniciar o parque eco monumental. “Ficamos sem saber se a Câmara sabia ou não desta dita limpeza que se tornou um extermínio. Ficamos sem saber que medidas a Câmara toma para impedir que mais episódios destes continuem a decorrer no Parque das Sete Fontes”, atirou. O socialista apontou ainda ao facto de “em breve, entrarem mais máquinas pesadas para iniciar as obras de edificação dentro do Parque”. “Estarão prontos os prédios com vista para os elevados antes do município iniciar o dito Parque. Ficaremos à espera. Entretanto, esperemos que ainda haja algo tangível para que o parque seja uma realidade e não apenas mais uma bandeira a desfazer-se”, criticou.
João Rodrigues acusa o PS de “má fé ou ignorância” quanto às questões que levanta a propósito da construção naquele espaço verde. O vereador que agora tutela o espaço público lembrou que o PS “defendia a construção de ‘um por um’ naqueles terrenos e defendia a criação de uma via rápida que atravessava aquilo que hoje temos como parque”. “A construção que está prevista no Plano de Urbanização das Sete Fontes foi a solução encontrada por todos e aprovada, inclusive por si, muito possivelmente, para que o parque pudesse existir. Portanto, levantar constantemente a questão da construção nas Sete Fontes, como se a construção fosse uma espécie de cedência deste executivo municipal, ou outro tipo de interesses, revela uma de duas coisas: ou má fé ou ignorância”, atirou.
