CDU deixa o alerta: “deixou de haver oposição na câmara de Braga”

A CDU de Braga manifestou profunda preocupação com a nova composição dos órgãos autárquicos e o rumo do Executivo Municipal. Em conferência de imprensa, Sandra Cardoso, única deputada eleita da coligação na Assembleia Municipal, criticou a falta de um vereador na oposição e o alinhamento ideológico das forças mais votadas.


“Há aqui três forças, três grandes forças, que acho que se vão entender muito bem, infelizmente. Deixou de haver oposição na câmara de Braga”, afirmou. 

A deputada avisa que a população deve estar atenta, pois o entendimento entre as forças mais votadas pode significar que o município perca a voz fiscalizadora que a coligação representava no executivo, garantindo que o seu papel, a partir de agora, será o de reforçar a “oposição verdadeira”.

A CDU alerta para que o próximo mandato não seja marcado pelo “desviar de atenções” e critica o facto de as primeiras decisões do executivo terem falhado o alvo, dando prioridade a assuntos secundários. Sandra Cardoso apontou o empreendimento do Campo da Vinha como um exemplo de uma prioridade que não é a da população. A deputada sublinha que, dos 73 pontos da primeira ordem de trabalhos após a tomada de posse, nenhum se focou nas promessas eleitorais consideradas “urgentes” para resolver a vida de quem vive, trabalha e estuda em Braga.


Exigências imediatas: habitação, transportes e saúde


A CDU está a cobrar os compromissos assumidos, com foco em problemas estruturais: em primeiro lugar, a habitação, exigindo o reforço dos meios de apoio às famílias para resolver situações urgentes de despejo e de sem-abrigo, bem como a criação de uma plataforma de apoio junto das associações de moradores para lidar com a crise habitacional. Na saúde, a coligação exige esforços da Câmara Municipal para reverter a privatização em curso no Hospital e na ULS de Braga. Em relação à mobilidade, a CDU exige a concretização da gratuidade dos transportes públicos e a implementação de um plano rodoviário municipal urgente que defina medidas mitigadoras de velocidade a fim de reduzir a sinistralidade. Por fim, no que toca ao património, a coligação cobra a concretização do Parque Eco-Monumental das Sete Fontes, exigindo que se discuta o projeto paisagístico e que se avance de imediato com a limpeza e eliminação de espécies infestantes para que a população possa usufruir do espaço.

No tema da mobilidade, Sandra Cardoso revelou que o PCP irá apresentar uma proposta para a construção da malha ferroviária que liga Braga a Guimarães na próxima semana. A deputada aproveitou para deixar uma crítica aos representantes da região no Parlamento: “Fomos traídos por alguns dos deputados que tinham sido eleitos por Braga, que votaram depois desfavoravelmente essa nossa proposta na Assembleia da República.” A CDU desafia os deputados desses partidos a “votarem favoravelmente esta ligação que tanta falta nos faz”, garantindo que não deixará que as promessas eleitorais “caiam em saco roto”.

A coligação de esquerda garante que, apesar de ter perdido o lugar de vereação no executivo municipal, vai manter uma postura de vigilância e de “fiel da balança” para garantir que as promessas eleitorais não “caiam em saco roto”. A CDU reforça o compromisso de lutar por uma melhor qualidade de vida e um poder local mais próximo dos problemas da população de Braga.

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Redação
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