Ataque em França mata cidadão português de 69 anos, Macron fala em “ato terrorista”

Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas este sábado à tarde na cidade francesa de Mulhouse, perto da fronteira com a Alemanha, num ataque com uma faca, à margem de uma manifestação de apoio ao Congo.
O suspeito já estava referenciado por risco de terrorismo e foi detido de imediato, segundo as autoridades. A vítima mortal é um cidadão português, de 69 anos, segundo o jornal “Le Fígaro”.
“Um civil que interveio morreu”, declarou o porta-voz da Procuradoria Nacional Antiterrorismo, confirmando a nacionalidade e a idade da vítima mortal, citado pelo mesmo jornal.
O autor do ataque, um homem de 37 anos, terá cometido os crimes à margem de uma manifestação e há dois agentes da polícia municipal feridos com gravidade, disse o procurador Nicolas Heitz à AFP, acrescentando que outros três agentes sofreram ferimentos mais ligeiros.
O suspeito consta do “ficheiro de processamento de sinalização para a prevenção da radicalização terrorista”, declarou.
O ataque ocorreu pouco antes das 16h locais (15h em Lisboa), à margem de uma manifestação de apoio à República Democrática do Congo, que enfrenta uma ofensiva, no leste, do movimento armado M23, apoiado pelo Ruanda. O atacante gritou “Allahu Akbar” (Alá é grande) durante o ato, não deixando dúvidas sobre a motivação do ataque.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, já apresentou as “condolências” à família da vítima mortal e expressou a “solidariedade” do país. E disse que não há dúvidas de que se tratou de um “ataque terrorista” islâmico, reafirmando a “determinação” do governo no combate ao terrorismo. “Quero expressar a determinação do governo e minha de continuar o trabalho que temos feito durante oito anos para fazer tudo para erradicar o terrorismo no nosso território”, disse o chefe de Estado francês, numa primeira reação, à margem de uma visita ao Salão Agrícola de Paris.
Segundo o jornal regional “Les Dernières Nouvelles d’Alsace”, o ataque ocorreu entre a Praça do Mercado e a Rua Lavoisier, onde foi detido o suspeito, um homem nascido em 1987, de nacionalidade estrangeira.
O canal BFMTV indicou que, enquanto se aguarda a determinação das motivações para este acontecimento, a Procuradoria de Mulhouse está a trabalhar em conjunto com a Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT).
Lusa/Expresso
