Amar e Servir Braga diz a João Rodrigues que só aceita pelouros distribuídos pelos três eleitos

O movimento Amar e Servir Braga (ASB) considerou “inconclusiva” a reunião que teve esta segunda feira com o presidente da Câmara de Braga, João Rodrigues. O autarca sondou a hipótese de entregar pelouros a apenas uma parte dos vereadores eleitos pelo movimento independente, proposta que foi rejeitada.

“Aquilo que se falou foi basicamente a necessidade de introduzir alguns pontos na ordem de trabalhos da próxima reunião de câmara, e tem muito a ver com a reorganização administrativa do município, com nomes que possam vir a ser elencados para as empresas municipais e, acima de tudo, também a delegação de competências no próprio presidente de câmara”, afirmou Ricardo Silva, vereador eleito pelo movimento Amar e Servir Braga, em entrevista à RUM.

Segundo o vereador, João Rodrigues sondou a disponibilidade do movimento para assumir responsabilidades no executivo, mas apenas de forma parcial. “Entre estas conversas, o senhor presidente acabou por nos perguntar se estaríamos na disponibilidade de aceitar algum tipo de pelouros, mas não os três vereadores, apenas um ou dois dos eleitos. Nós dissemos que não, porque funcionamos como um bloco eleito e que teve a confiança de 21 mil eleitores, e portanto não faz sentido estar a partir o grupo de trabalho”, referiu.

Segundo explicou ainda à RUM, a reunião contou apenas com Ricardo Silva e João Rodrigues. O vereador do movimento independente fez saber que depois de uma reflexão interna, o grupo decidiu que o melhor seria comparecer, ainda que individualmente, uma vez que não pretende “ser acusado de obstaculizar as conversações”.

Encontro termina sem propostas concretas

Para Ricardo Silva, a reunião acabou por ser “inconclusiva”. “Nós dissemos que não aceitaríamos não trabalhar os três, mas a verdade é que depois se desviou a conversa, não ficou formulada nenhuma proposta concreta e não sabemos efetivamente se haverá aqui algum tempo de reflexão do presidente ou se ele abandona em absoluto estas conversas. O tempo dirá aquilo que pretenderá fazer”, apontou.

O vereador sublinha que João Rodrigues manifestou a intenção de avançar com a delegação de competências na presidência, com o argumento de tornar as reuniões do executivo menos pesadas e o expediente municipal mais rápido, mas sem detalhar o modelo que pretende aplicar. De acordo com o eleito pelo ASB, o edil bracarense “não estipulou o montante até onde pretende a delegação de competências, mas diz que pretende com isso pelo menos não fazer com que as reuniões de câmara sejam tão maçudas e que não tenham tantos pontos, até para tornar o expediente municipal mais célebre”, descreveu.

Sem conhecer o desenho concreto dessa delegação, o movimento Amar e Servir Braga diz que não tem condições para decidir. “Nós, sem saber exatamente aquilo que se pretende e se não nos facultar mais informação, também não estamos em condições de ajuizar já aquilo que deve ser ou não a delegação de competências. Falou-se bastante sobre isto, mas também não se definiu exatamente o modelo que se quer encontrar. Nós também não estamos em condições, nesta fase, de tomar uma decisão”, concluiu Ricardo Silva.

Nesta altura, não está marcada qualquer nova reunião entre o presidente da câmara de Braga e o movimento independente Amar e Servir Braga.

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