AEMinho pede colaboração entre empresas e Estado para aumento dos salários médios

É com desagrado que a Associação Empresarial do Minho (AEMinho) encara as declarações do primeiro-ministro, que projeta um aumento de 20% dos salários médios até 2026. Em comunicado, a associação revela “perplexidade” face aos valores propostos por António Costa e acusa o governo de “não propor ou incluir nenhuma medida real e efetiva de estímulo à economia”.
Contactado pela Universitária, o presidente da AEMinho reconhece que “os salários em Portugal devem aumentar”, mas rejeita que a “responsabilidade seja única e exclusivamente das empresas”. “Deve existir uma meta ambiciosa no que refere ao aumento do salário médio. No entanto, tem de haver um trabalho conjunto entre as empresas e o Estado”, defende.
Nesse sentido, Ricardo Costa propõe um “pacto estratégico”, em que “os empresários contribuem e o Estado, por um lado, cria condições na questão da regulação e na questão do risco e, por outro, reduz a carga fiscal, na mesma proporção do aumento dos salários”.
O líder da AEMinho aponta, ainda, “a escassez de matérias-primas ou o aumento descontrolado dos preços e da energia” como fatores nefastos para os custos de produção no tecido empresarial português, reforçando a dificuldade de um aumento salarial de 20% que dependa “única e exclusivamente das empresas”.
*Por Hugo Costa
