AcustiCidade dá voz as memórias de uma “Braga que já não existe”

Escutar a história de espaços esquecidos da cidade por meio dos testemunhos dos habitantes ou ex-habitantes. Este é o mote do AcustiCidade que chega à quarta edição, este sábado, com um percurso guiado.
O projeto do serviço educativo da Braga Media Arts percorre locais vizinhos das freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, em Braga. A responsável pela conceção artística, coordenação, investigação e texto, que deu origem ao áudio-documentário, Marta Moreira, sublinha que o projeto vai mostrar um lugar “onde coabitam as memórias de uma Braga que já não existe”.
O circuito parte do Centro Comercial Galécia, onde vai se dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelo selo cultural ‘Cantigas do Poço’, com “uma performance de Isabela Crua”, segue viagem até a Cave Coletivo. Depois, a penúltima paragem decorre na sede d’Os Bravos da Boa Luz, com uma performance do grupo de cavaquinhos da Associação Cultural e Recreativa e chega ao fim no Centro Comercial Cruz de Pedra.
Segundo a responsável, esta é uma zona que “começou por ser o centro da cidade na era romana” e tem se transformado em algo mais periférico ao centro. O estudo, sublinha, é uma forma de demonstrar o que foram “as transformações sociais na organização da cidade a seguir ao 25 de Abril”.
A ideia deste projeto é fazer com que as histórias possam ganhar visibilidade e que “motive as pessoas a percorrer estes locais”. No fundo, a construção destes “percursos sonoros” serve para evidenciar as histórias e as pessoas.
Os interessados em participar podem comparecer no Centro Comercial Galécia, pelas 15h00, este sábado. A participação é gratuita.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Maria Carvalho
