Abandono escolar combatido com ação social, propina 0 e capitalização dos SASUM

Reforço da ação social, diminuição das propinas e vigilância da saúde financeira dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) são as vias apresentadas para combater o flagelo do abandono escolar.
No debate entre os três candidatos a representantes dos estudantes no Conselho Geral da Universidade do Minho (UMinho), emitido esta sexta-feira na antena da Universitária, os cabeças de lista concordaram que o abandono escolar é um dos problemas centrais do ensino superior, e que pode ser muito agravado pela situação pandémica que estamos a atravessar.
Lista A frisa necessidade de os SASUM manterem a sua saúde financeira.
O atual representante dos alunos no Conselho Geral, lembra que têm pressionado o reitor da Universidade do Minho, no sentido de se comprometer a “não aumentar os custos”, por exemplo, das senhas. Recorde-se que os SASUM avançaram com a possibilidade de fecharem o ano de 2020 com um défice de 1,1 milhões de euros.
“Quando castramos a nível financeiro os SASUM, acabamos por ter problemas a médio prazo quer seja por diminuição da qualidade do serviço prestado quer pelo aumento de preços”, refere Rui Oliveira.
Para a lista A, o suporte e apoio ao ensino superior deve ser feito, sobretudo, por via do Estado. No entanto, é essencial que a UMinho avalie de forma mais eficiente as bolsas.
Lista B denuncia precariedade nos SASUM.
O cabeça de lista que se apresenta com o lema “Dos alunos para os Alunos”, denuncia aos microfones da Universitária a existência de trabalhadores estudantes nos SASUM que “não têm direito subsídio de alimentação”. Alexandre Carvalho diz não entender como a UMinho não toma uma posição sobre o assunto.
Para o candidato, os inúmeros custos associados ao ingresso no ensino superior são uma barreira quer ao ingresso como a continuidade nas academias portuguesas, logo volta a defender o fim da propina como a melhor forma de combater o abandono escolar.
Alexandre Carvalho acusa a UMinho de estar a fazer pouco em relação à saúde mental dos seus alunos, num período tão desafiante.
Lista C quer uma intervenção mais forte e crítica da reitoria da UMinho.
André Teixeira assegura que caso seja eleito irá recusar “sempre” propostas da reitoria em colocar a propina de primeiro ciclo perto do teto máximo, assim como na manutenção das restantes em valores “altíssimos”.
O candidato da lista C exige que a ação social seja mais funcional e célere a pessoas diferentes.
André Teixeira concorda com a posição de Alexandre Carvalho e frisa que o apoio social não pode chegar apenas para pagar as propinas porque assim “não auxilia em nada as pessoas com muitas dificuldades financeiras”.
Na próxima quarta-feira, 17 de Março, os estudantes da Universidade do Minho podem escolher os seus representantes para o Conselho Geral. Na corrida estão Rui Oliveira da lista A, Alexandre Carvalho da lista B e André Teixeira da lista C. A votação será realizada na plataforma evotUM.
