Manifesto assinado por várias personalidades alerta para fechos e degradação dos centros de saúde

Um manifesto assinado por dezenas de pessoas – muitas ligadas à saúde, como o Bastonário da Ordem dos Médicos e Maria de Belém Roseira, ex-ministra – denuncia o esvaziamento dos centros de saúde e degradação dos cuidados primários.
O documento chama ainda a atenção para a utilização da linha SNS24 que, alertam os subscritores, não foi pensada para substituir a saúde familiar. Com unidades que já não atendem o telefone, demoram dias a responder a e-mails e chegam até a recusar utentes com doença aguda.
O manifesto que exige os centros de saúde de volta pede que sejam uma porta de entrada mais acessível. “Nós temos de ter uma relação muito empática, muito direta com o centro de saúde que é a nossa primeira casa de acolhimento. Se é a nossa primeira casa de acolhimento, tem que estar acessível”, sublinha Maria de Belém Roseira, ex-ministra da saúde.
Mas as portas fecham-se muitas vezes no caso das doenças agudas. Sem contestar a importância do SNS24, o documento relembra que a linha telefónica não foi pensada para substituir as equipas de saúde familiar. Maria de Belém Roseira, ex-ministra, assinou o manifesto publicado esta sexta-feira e lembra que “as pessoas têm que poder ir ao centro de saúde e ser atendidas”, especialmente tendo uma população cada vez mais envelhecida que “precisa de ter esta proximidade” e relação pessoal.
Entre os 30 signatários, estão mais nomes ligados à saúde, como o de Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, ou Sobrinho Simões, investigador.
C/SIC Notícias
