UMinho. 15º EEG Business Day focou-se na inteligência artificial e novas tendências do mercado de trabalho

A 15ª edição da EEG Business Day, uma iniciativa da Escola de Economia, Gestão e Ciência Política da Universidade do Minho, contou com cerca de 30 empresas e quase 300 alunos no Campus de Gualtar, esta quarta-feira, para o habitual momento de networking e um debate sobre a integração da inteligência artificial no contexto empresarial.
À RUM, a docente Rita Sousa, vice-presidente da EEG, disse que este é sempre um momento “muito esperado pelos estudantes”, uma vez que o programa é construído tendo em conta os seus interesses. Mais do que colocar os estudantes em contacto com o mercado de trabalho, esta é “uma forma de perguntar às empresas o que é que querem dos nossos alunos”.
Nesta edição, para além do momento de reunião com a empresas, o evento propôs também um debate sobre a IA no contexto empresarial. De acordo com a presidente da EEG, as empresas ainda estão a implementar estas ferramentas, por isso, “ainda não sabem dizer exatamente que habilidades estão à procura” no entanto foram indicadas algumas competências essenciais “como saber fazer agentes e escrever os prompts”.
“Acho que os alunos perceberam qual é que é o caminho e como é que também podem usar isso nas aulas. Eles andam a tentar perceber o que é que podem usar e como é que podem usar e a escola tem sempre uma atitude muito positiva, dentro dos limites éticos, obviamente”, acrescentou.
Para Sílvia Araújo, diretora do Mestrado em Humanidades Digitais na Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas, este é o momento de “domar a máquina, aprender a lidar e tirar melhor partido dela”.
Uma utilizadora assídua destas ferramentas, a docente acredita que, ao invés de ter receio de “ser dominado”, devemos insistir mais na formação, de forma a “mostrar que estes jovens podem e devem, de facto, encarar o futuro com uma expansão das suas competências recorrendo a estas novas tecnologias”.
O evento terminou com uma palestra sobre inteligência emocional ou, nas palavras de Rita Sousa, “aquilo que também precisamos de manter no meio deste mundo da inteligência artificial”.
Uma vez que “as competências técnicas estão muito niveladas”, é importante que os novos profissionais “compreendam a importância das soft skills”. Para o palestrante convidado, Ricardo Cabete, ter uma licenciatura já não é um fator diferenciador nem uma grande vantagem.
“Agora quase toda a gente tem um curso superior e por isso ter competências de inteligência emocional é o que faz a diferença cada vez mais”, disse.
Hoje, para além das novas tecnologias, as empresas estão mais “atentas às necessidades dos colaboradores”. “O que é que eles pensam, como é que podem reter e atrair os jovens e as grandes mentes que têm grandes competências técnicas, mas que precisam trabalhar também a inteligência emocional”, rematou.
