Área ardida antes dos incêndios da última semana era já três vezes superior a 2024

Desde o início do ano e até dia 15 de julho, já arderam 10.768 hectares de floresta em Portugal, de acordo com dados do ICNF. Este número é três vezes superior ao registado no mesmo período em 2024, semestre em que arderam 3.462 hectares.

Apesar do número ser significativo, este não contabiliza os incêndios que têm devastado o país na última semana, como o de Arouca ou Ponte da Barca, por exemplo. No caso de Arouca já há registo de mais de cinco mil hectares de terreno ardido e no de Ponte da Barca serão já mais de dois mil hectares, segundo a autarquia.

O relatório do ICNF, publicado no dia 18 de julho, dá conta de que houve um total de 3.370 incêndios rurais até dia 15 deste mês, que resultaram em 10.768 hectares de área ardida, entre povoamentos (3.762), mato (4.736) e agricultura (2.271).

Face aos últimos 10 anos, em 2025 registaram-se “menos 36% de incêndios rurais e menos 46% de área ardida relativamente à média anual” do período em causa.

Até dia 15, este era “o 4.º valor mais reduzido em número de incêndios e o 5.º valor mais elevado de área ardida, desde 2015”. No entanto, apesar desta redução, o instituto destaca que estes têm sido mais agressivos, com mais de metade a serem considerados de grandes dimensões, ou seja, com área ardida superior a 100 hectares.

Segundo o relatório, registaram-se 22 incêndios de grandes dimensões, que resultaram em 6.112 hectares de área ardida, cerca de 57% do total da área ardida.

Quanto às causas, foram investigados (com processo de averiguação concluído) 2.374 incêndios rurais, do total de 3.370 que ocorreram, sendo que as causas mais frequentes em 2025 são incêndios causados por incendiários (24%), queimadas extensivas de sobrantes florestais ou agrícolas (13%) e queimas de amontoados de sobrantes florestais ou agrícolas (11%).

SIC Notícias