Lançamento da primeira pedra da ETAR de Braga será referente ao emissário

Afinal, o lançamento da primeira pedra da nova ETAR de Braga, a 8 de janeiro, será referente ao emissário. Trata-se do túnel que descarrega as águas residuais para a Estação de Tratamentos de Águas Residuais.

O projeto esteve em discussão na última reunião do Município de Braga deste ano que contou com a presença da nova presidente do Conselho de Administração da Agere, Alexandra Roeger, que defendeu que este projeto irá “eliminar as atuais descargas indevidas, constituindo, em conjunto com a ETAR de Frossos, a garantia de capacidade de tratamento e de descarga necessárias para o cumprimento da Diretiva Águas Residuais Urbanas no respetivo sistema”.

Recorde-se que a ETAR instalada em Frossos é datada de 1991. Foi construída para dar resposta a uma população de 165 mil habitantes, sendo que atualmente apresenta “sérias limitações operacionais” devido ao crescimento da população no concelho bracarense. Em 2025, a capacidade será reforçada para 230 mil habitantes.

Neste momento, existe uma parcela de terreno que ainda não está na posse da autarquia, o que impossibilita o arranque da empreitada orçada em 30 milhões de euros, dos quais 9 milhões partem do Portugal 2030, sendo que o executivo acredita que poderá existir um “reforço substancial” ainda neste quadro comunitário.

Do lado do PS, Artur Feio lamenta que o projeto sonhado há mais de 12 anos não esteja estável, visto que continuam a surgir “questões novas”.

O socialista também aponta o dedo ao projeto, uma vez que “ainda carece de ser aprovado pelas várias entidades”. O vereador da oposição lamenta que este projeto de grande relevância para a vida dos bracarenses e que foi “uma promessa política” não seja concretizado até ao final do mandato de Ricardo Rio, em outubro de 2025.

Do lado da CDU, Vítor Rodrigues criticou os atrasos na concretização de diversos projetos que constam do dossiê relativo aos projetos plurianuais da Agere. Além da ETAR do Este, “que já chega tarde”, existem outros relacionados com o saneamento que continuam com uma taxa de execução “a zero ou perto disso, o que merece a nossa preocupação”.

Em resposta, o presidente do Município de Braga considera que foi levantada uma “falsa questão” em relação ao lançamento da primeira pedra da ETAR, visto que o emissário é uma parte essencial do projeto. “Parece que estamos a fazer um simulacro de inauguração da obra”, atira. Ricardo Rio sublinha também que não haverá um novo momento de lançamento da empreitada.

“Não vamos começar com a obra da ETAR por questões ligadas à implantação do edifício”, mais concretamente, devido à necessidade de chegar a um acordo com proprietários de uma pequena parcela de terreno.

Quanto às críticas do PS pelo facto de a obra não estar concluída em outubro de 2025, o edil considera que “o que importa não é o mandato em que ficam concluídos (os projetos), o que importa é que os projetos entrem no ponto de não retorno e que estejam devidamente concretizados”, declara.

O presidente do Município de Braga diz ainda estar confiante que o projeto conseguirá arrecadar uma verba “substancial” do Portugal 2030. As obras deverão estar concluídas dentro de 2 anos.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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