Sobe para onze os casos de mortes associadas a atrasos no INEM

São já 11 as vítimas mortais associadas à falta de resposta ou atrasos por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O último caso trata-se de uma mulher de Matosinhos que, na segunda-feira, passou cerca de 30 minutos a tentar obter socorro.
“Terá havido a dificuldade de a senhora ligar para o INEM, antes de contactar os bombeiros. Esteve perto de 30 minutos a ligar ao INEM”, detalhou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça, António Amaral, em declarações à RTP. A corporação teria recibo o alerta pelas 12h49 de segunda-feira, dia em que se registaram sete outras mortes, alegadamente pela falta de resposta do INEM.
A Procuradoria-Geral da República abriu cinco inquéritos aos casos de mortes associadas a atrasos no 112. Um foi, entretanto, arquivado. A Inspeção Geral das Atividades em Saúde também está a investigar.
Na sexta-feira, a secretária de Estado da Gestão da Saúde, que substituiu a ministra da Saúde numa visita ao Hospital Distrital do Pombal, revelou que o Ministério sabia do pré-aviso de greve dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência pré-hospitalar garante que avisou a ministra 20 dias antes do início da greve, mas não teve resposta. Uma versão que contraria Ana Paula Martins, que afirmou ter sido surpreendida pela paralisação.
O Portal da Queixa recebeu mais de 300 denúncias sobre falhas nos serviços do INEM desde janeiro – mau atendimento telefónico, recusa de socorro e demora na chegada da ajuda são as principais críticas sobre o INEM.
c/RTP e SIC Notícias.
