Células estaminais podem ter efeitos terapêuticos no melanoma, revela estudo português

Uma investigação portuguesa revela que “fatores libertados pelas células estaminais mesenquimais de cordão umbilical em células de melanoma induzem uma diminuição da sobrevivência celular global destas últimas”.
Esta investigação tem registado que as células de melanoma “quando tratadas com o meio condicionado derivado de células estaminais de tecido do cordão umbilical, aumenta a adesão celular e a diminuição da viabilidade, da capacidade de proliferação e da capacidade de migração de células de melanoma maligno”, refere o comunicado enviado esta semana às redações pelas entidades responsáveis pela pesquisa.
A investigação foi desenvolvida pela BebéVida, banco de células estaminais, em parceria com o Centro de Investigação em Saúde Translacional e Biotecnologia Médica da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto (TBIO).
O melanoma é caracterizado por ser um tumor “resultante da transformação maligna dos melanócitos”, e é caracterizado pela sua “natureza agressiva e propensão à metastização”.
Atualmente, as opções de tratamento para melanoma avançado são limitadas e, na sua maioria ineficientes, sendo necessário procurar novas estratégias terapêuticas.
“Esta investigação ainda está em curso, mas desde já, temos resultados preliminares otimistas que já foram partilhados pela comunidade científica”, apontou a diretora técnica e de Investigação e Desenvolvimento e Inovação da BebéVida, Andreia Gomes.
Apesar dos resultados mostrarem efeitos benéficos em células de melanoma, a diretora de Investigação e Desenvolvimento e Inovação da BebéVida sublinhou que é necessário continuar os estudos e fazer ensaios clínicos para “estabelecer a segurança, eficácia e protocolos terapêuticos ideais para tratamento do melanoma maligno com recurso a células estaminais do cordão umbilical”.
c/SIC
