Portugal é o país da Europa Ocidental com mais mortes de peões por atropelamento  

Nos últimos cinco anos cerca de 25 mil peões foram atropelados em Portugal. A grande maioria sofreu ferimentos ligeiros, mas 527 morreram, o que significa que, em média, a cada três dias há uma vítima mortal por atropelamento. Além disso, quase dois mil ficaram feridos com gravidade, incluindo com lesões permanentes, segundo os dados, entre 2018 e 2022, pedidos pelo Expresso à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).


Na pandemia houve uma redução destes acidentes, mas o número voltou a aumentar em 2022 e há sinais de nova subida no início deste ano. Portugal é o país da Europa Ocidental com mais mortes de peões por milhão de habitantes e os especia­listas frisam que estas mortes podem ser evitadas. Mas para isso é preciso mais ação do Governo e das autarquias.

“Em qualquer cidade, a distribuição geográfica dos atropelamentos não é alea­tória. Se acontecessem por uma questão de azar, cultura ou falta de civismo, distribuíam-se por todo o lado, mas há zonas de acumulação que apontam claramente para a existência de fatores estruturais, sobre os quais podemos agir com eficácia”, afirma Pedro Homem de Gouveia, que coordenou o plano de acessibilidade pedonal de Lisboa durante 10 anos e hoje é responsável pela área de segurança rodoviária da POLIS, uma rede de cidades e re­giões europeias dedicada à mobilidade.

“Se olhássemos para as mortes por atropelamento como resultado de um vírus, depressa percebíamos que a vacina já foi inventada. Reduzir a velocidade do tráfego motorizado é a forma mais rápida e eficaz de reduzir o número e a gravidade dos sinistros. Isso é um facto demonstrado pela Europa fora”, declara.

Expresso

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Sérgio Xavier
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