Investigadoras denunciam assédio sexual na Universidade de Coimbra 

Três investigadoras denunciaram assédio moral e sexual na Universidade de Coimbra. Segundo o Público,  o Centro de Estudos Sociais (CES), centro de investigação ligado à Universidade de Coimbra, vai nomear uma comissão independente para investigar alegações de assédio sexual e moral na instituição. 


As acusações são feitas por três investigadoras, num capítulo de um livro publicado por uma editora britânica, sem nunca identificarem os nomes dos alegados responsáveis.

As investigadoras não identificam nenhum dos intervenientes pelo nome, mas descrevem a sua experiência de “abandono institucional”, que teria como objectivo “preservar a reputação e o prestígio do centro de investigação e do seu Professor Estrela”. O “Professor Estrela” seria a peça-chave das “dinâmicas de poder” da instituição, juntamente com outras duas figuras: o “Aprendiz” e a “Watchwoman”.

É sobre o “Aprendiz” que recai a acusação mais directa de “abuso sexual”, mas há descrições de outros exemplos de má conduta sexual por parte deste e do “Professor Estrela”, assim como da forma como os casos foram sendo silenciados internamente.

O artigo acusa dois dos membros do Centro de Estudos Sociais de Coimbra, um dos quais Boaventura Sousa Santos, de usarem o seu poder sobre jovens estudantes e investigadoras para “extractivismo sexual”, e a instituição de silenciamento e cumplicidade. Os acusados negam qualquer comportamento inapropriado. 

Um dos grafitti surgidos no outono de 2018 nas paredes do CES, e que, segundo as autoras ds denúncia, lhes permitiu perceber que não estavam “completamente sós”. O título do artigo, “As paredes falaram quando ninguém se atrevia”, refere pichagens, que foram sempre apressadamente apagadas.


c/Público e DN

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Sara Pereira
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