Governo propõe aumento intercalar de 1%. Frente Comum não concorda e vai à luta

Depois de admitir alterar os aumentos na administração pública, por causa da inflação, o Governo decidiu manter o aumento intercalar de um por cento. Mas os efeitos retroativos vão agora até janeiro. Uma informação que saiu da reunião entre governo e sindicatos.
Apesar disso a proposta não agrada à Frente Comum, que promete novas formas de luta.
Além da Frente Comum, a secretária de Estado da Administração Pública recebeu também a FESAP e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, em outras duas audiências.
José Abraão, da FESAP, considerou que a retroatividade nas duas medidas “é relevante”, apesar de sublinhar que qualquer medida nesta altura “é sempre insuficiente” face ao aumento do custo de vida.
Segundo a proposta do Governo, os cerca de 742 mil funcionários públicos terão um aumento salarial intercalar de 1%, além das subidas atribuídas em janeiro de 52,11 euros para salários até cerca de 2.600 euros ou de 2% para remunerações superiores.
A remuneração base da administração pública, que em janeiro aumentou 56,58 euros, para 761,58 euros, passará assim a ser de 769,2 euros, a que corresponde um aumento 9,1% face ao ano anterior.
O subsídio de refeição aumenta de 5,20 euros para seis euros (mais 80 cêntimos) por dia.
Maio poderá ser o mês para o pagamento destes valores retroativos.
RTP
