“A última maratona que corri foi um bocado traumatizante e desde aí estou sempre a sabotar”

Jéssica Augusto confessa que precisa de “encontrar motivação” para lutar pelo apuramento para os Jogos Olímpicos. O cenário foi descrito no programa especial Campus Verbal/RUM(O) Desportivo, dedicado ao Dia Internacional da Mulher.

Quando regressou ao SC Braga, em outubro, a atleta de 41 anos traçou o objetivo de terminar a carreira em 2024, em Paris, na cidade onde nasceu. Essa meta continua no horizonte, mas admite que não se encontra naquela fase de dizer que está “motivada para fazer acontecer”.

“Preciso de fazer as pazes com a distância, já que a última maratona que corri [a da Nova Iorque, em 2017] foi uma experiência um bocado traumatizante porque fui ao meu limite. Desde então, quando quero treinar para uma maratona, estou sempre a sabotar”, conta.

Apesar da fase menos positiva a nível anímico, Jéssica Augusto acredita que, “quando ultrapassar as barreiras todas, sobretudo a nível psicológico, as coisas vão começar a andar e a fluir”. “Nós somos tipo um gráfico: estamos lá em cima e depois lá em baixo, como uma montanha. Agora é preciso encontrar forças para o que vem aí e eu propus-me ir até 2024, tenho de assumir isso e ter vontade para trabalhar. Quero terminar com a sensação de que fiz tudo, que dei tudo, e fazê-lo num grande palco. Se não acontecer, também não é o fim do mundo”, conclui.



Mariana Machado sonha com primeira participação olímpica


Jéssica Augusto esteve nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, onde ficou pelas meias-finais nos 3.000 metros obstáculos e nos 5.000, de 2012, em Londres, conseguindo um diploma, com o sétimo lugar na maratona, e em 2016, no Rio de Janeiro, na mesma prova, tendo desistido.


 Já Mariana Machado, também atleta do SC Braga, espera fazer a sua estreia em Paris. Igualmente presente no programa, a fundista garante que vai “trabalhar para conseguir concretizar o sonho”. A jovem de 22 anos está focada nos 5.000 metros, depois de ter competido nessa categoria nos Mundiais de Eugene, nos Estados Unidos da América, em 2021. “Em princípio é a distância em que tenho mais probabilidade de me qualificar”, afirma.

O apuramento para as 1.810 vagas disponíveis para as competições de atletismo dos Jogos Olímpicos Paris 2024 decorre em 48 provas e vai ser feito num sistema misto de mínimos – em comparação com Tóquio, são mais ‘apertados’ em todas as disciplinas, à exceção dos 400 metros masculinos – e rankings, somando a pontuação amealhada em provas internacionais.

O período de qualificação começou a 1 de novembro para a maratona e a 31 de dezembro para 10.000 metros, marcha e estafetas. Para a maioria das provas arranca a 1 de julho.

*Escrito por Elsa Moura e Tiago Barquinha Gonçalves

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