Pensões? Aplicar fórmula automática retiraria “13 anos de vida” à sustentabilidade da Segurança Social

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sustentou esta quinta-feira, no Fórum TSF, que se o Governo aplicasse a fórmula automática no aumento das pensões, em linha com a inflação, tal significaria pôr em risco a sustentabilidade da Segurança Social.
“Se aplicássemos diretamente a fórmula, sem mais nenhum critério, perderíamos automaticamente, logo em 2023 cerca de 13 anos. (…) Nenhum de nós aceita e compreende estarmos a colocar em risco a sustentabilidade [da Segurança Social] sem que isto seja bem avaliado, até para perceber como vai ser o ano de 2023”, afirmou.
As condições “atípicas” e “excecionais” deste ano e do próximo, frisou, exigem do Governo “a capacidade de não hipotecar o futuro coletivo através de aplicações automáticas”. No entender de Ana Mendes Godinho, “ninguém pode por em risco nem a vida dos pensionistas atuais”, nem dos futuros, “assumindo decisões para 2024 quando não sabemos o que vai acontecer em 2023”.
Na antena da TSF, Ana Mendes Godinho voltou também a defender as opções do Governo em relação aos aumentos das pensões e reformas do próximo ano, sustentando que “não há corte absolutamente nenhum” e que a preocupação do executivo é justamente “conseguir respeitar as pensões atuais”, mas também “as futuras”.
Por isso, a opção foi “encontrar um modelo que respeite as pensões atuais e não comprometa o futuro”, reforçou. “Tudo o que queremos é que não haja precipitações que ponham em risco as gerações futuras”, acrescentou ainda.
TSF
