Falta de voluntários e donativos cria “pressão acrescida” no Virar a Página

O número de voluntários para o projeto “Virar a Página” voltou a cair este verão. Segundo a coordenadora e diretora do CLIB, Helena Vaz Pina, a falta de voluntários neste período é habitual, mas este ano foi mais acentuada. “Hoje de manhã, a cozinha abriu com duas pessoas”, revela. “É, de facto, um esforço muito grande trabalhar com esta pressão”.

Os donativos alimentares também sofreram uma quebra o que coloca em causa a confeção diária das refeições. “Habitualmente, não temos falta de batatas e cebolas e até isso nos tem faltado”, confessa a coordenadora.

Para que seja possível continuar a alimentar cerca de 150 famílias bracarenses, a equipa de voluntários adotou algumas estratégias. “Ao fim de semana, só conseguimos voluntários para um dos dias e, portanto, no sábado fazemos as refeições para ambos os dias”, conta.

Pedidos de ajuda de famílias ucranianas é “residual”. Dificuldades no acesso à habitação levam migrantes a sair de Portugal

Em declarações à RUM, Helena Pina Vaz revela que o “Virar a Página” tem vindo a receber cada vez menos pedidos de ajuda de famílias ucranianas visto que muitos optaram por regressar ao país de leste por falta de respostas em Portugal. “As pessoas já perceberam como é difícil começar a vida no nosso país, onde o acesso à habitação é catastrófico. Algumas estão a sair de Portugal e a passar a palavra para que outros não venham”, aponta.

*Nuno Diogo Pereira

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