Poluição no Rio Vizela. BE critica inércia de entidades competentes
Três descargas poluentes atingiram afluente, em março e em maio.
O Bloco de Esquerda (BE) exige respostas do Governo face a três descargas poluentes que ocorreram, em março e maio, no ribeiro de Sá, em Vizela.
O grupo parlamentar do Bloco endereçou, no passado dia 17 de junho, um documento ao Ministro do Ambiente, pedindo esclarecimentos acerca das ações do Governo e da Agência Portuguesa do Ambiente face às descargas, que resultaram na morte de vários peixes e na mudança de coloração do afluente do Rio Vizela.
Contactado pela Universitária, o presidente da Comissão do Ambiente, Energia e Ordenamento do Território e deputado do BE eleito por Braga, salienta que a situação não se cinge ao ribeiro de Sá e que todo o rio Vizela tem “padecido da incúria de situações que têm passado ao lado de qualquer responsabilidade”. José Maria Cardoso acusa as entidades competentes de não terem “uma atuação capaz de por cobro a um crime ambiental” e critica a ausência de “fiscalização devida”, bem como a inação sobre “quem pratica esses atos”.
O bloquista reforça a importância do “papel interventivo a nível local” na preservação dos rios e dos seus afluentes, bem como da “fauna e da flora” envolvente, e condena “este tipo de descargas no rio Vizela e nos ribeiros próximos”.
O rio Vizela nasce no Alto de Morgaír, em Fafe, e desagua no Rio Ave, banhando os concelhos de Fafe, Felgueiras, Guimarães, Vizela e Santo Tirso.
*Por Hugo Costa
