Varíola dos Macacos: Investigador da Universidade do Minho acredita que não há motivo para alarme

Face ao aumento no número de infetados pela varíola dos macacos, Raúl Pereira, médico de medicina geral e familiar e investigador na Escola de Medicina da Universidade do Minho, esclarece que, desde que sejam cumpridas as recomendações da Direção-Geral da Saúde, de momento, não há motivo para alarme. “Não podemos dizer que vamos ter uma pandemia ou epidemia. Isso é altamente especulativo e dramatizar a situação”, defende o médico.

Em declarações à RUM, Raúl Pereira alerta para alguns cuidados a ter em relação ao vírus, nomeadamente “manter as medidas que aprendemos durante a pandemia”, como a desinfeção correta das mãos e, “perante a suspeita de doença, isolar e ligar para o SNS 24 para ser avaliado”. 


O número de infeções tem vindo a aumentar no país e, esta segunda-feira, estavam já confirmados 153 casos. 

Todos os casos foram registados em homens entre os 19 e os 61 anos. A maioria das infeções foi notificada em Lisboa e Vale do Tejo.

Alguns dos sintomas são facilmente confundidos com os de outras doença, uma vez que podem passar por febre, dores de cabeça ou dores musculares. Neste sentido, Raúl Pereira esclarece que o que distingue a varíola dos macacos de outros vírus é a erupção cutânea. “São manchas na pele que muitas das vezes se transformam em bolhas”, explica. 


Em relação à vacina, o médico declara que “estão em curso uma série de recomendações que podem ir nesse sentido” e, nesta fase, pode ser uma medida de combate ao vírus, principalmente nos indivíduos “mais frágeis e para as pessoas que trabalham com doentes”.

A vacinação contra o vírus Monkeypox revelou-se 85% eficaz na prevenção do vírus. No entanto, foi interrompida, uma vez que a doença foi considerada erradicada em 1979. O médico garante que “ainda não se sabe o porquê de isto estar a acontecer”, mas se “adotarmos os cuidados habituais de higiene e desinfeção, há um grande grau de probabilidade” de nos conseguimos proteger do vírus.  Ainda assim, deixa o alerta: “é necessário abordar isto com muita cautela, até porque ainda há muitas questões por responder”.


A Direção-Geral da Saúde continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias. 

*Por Beatriz Duarte

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