Hospitais em choque com aumentos de 500% dos preços da luz e do gás

Um atraso atribuído aos serviços do Ministério da Saúde na compra centralizada de energia e gás para os hospitais está a colocar unidades de saúde de Lisboa e Porto à beira de um ataque de nervos.

A 72 horas do fim dos acordos de fornecimento de eletricidade e gás, há hospitais em Lisboa e no Porto a receber propostas com aumentos de 200% a 500% que dizem não conseguir pagar. Serviços partilhados do Estado responsabilizados por atrasos na negociação. EDP diz que alertou insistentemente para a “urgência” da questão, “por carta, emails e telefonemas”. Já há uma queixa no regulador

Um atraso atribuído aos serviços do Ministério da Saúde na compra centralizada de energia e gás para os hospitais está a colocar unidades de saúde de Lisboa e Porto à beira de um ataque de nervos. A CNN Portugal falou com fontes das empresas de energia e dos hospitais, que se confrontam com enormes aumentos de preços para os próximos dois meses. Problema adicional: faltam 72 horas para janeiro e em alguns casos não há contratos assinados. Noutros, há contratos fechados com grandes aumentos de preços.

Os atuais contratos para a eletricidade e gás terminam no dia 31 de dezembro. Tipicamente, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), unidade do Ministério da Saúde, contratualiza os acordos para estes abastecimentos. Só que este ano ainda não o fez, admitindo vir a consegui-lo apenas em março. Até lá, as administrações dos hospitais foram informadas de que deveriam elas próprias fechar acordos para os dois meses de transição. Não só não estão habituadas a fazê-lo como ficaram “em choque” quando receberam as propostas de preços: aumentos em alguns casos de 500% na fatura da eletricidade.

Algumas administrações hospitalares alegam não ter verbas para conseguir acompanhar estes preços das operadoras. Há mesmo hospitais, segundo apurou a CNN Portugal, que já fizeram queixa à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), pedindo que esta intervenha por considerarem o valor “incomportável”.

A situação só não é mais grave, porque estão em vigor normas que impedem, durante a pandemia, cortes de energia por falta de pagamento.

c/CNN Portugal

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Redação
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