Sondagem. PS vence eleições com 38%, mas reduz vantagem sobre o PSD

Os números dizem que o Partido Socialista ganha as eleições e que a maioria dos votos ainda está nos partidos à esquerda.

A um mês das eleições legislativas, o PS continua à frente das intenções de voto, com 38%, mas encurta a vantagem sobre o PSD, de acordo com uma sondagem do ICS e do ISCTE feita para a SIC e para o Expresso. Na avaliação das figuras políticas, depois de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa continua a ser, de longe, o líder político mais popular do país.

Os números dizem que o Partido Socialista ganha as eleições e que a maioria dos votos ainda está nos partidos à esquerda, mas também mostram que a maioria de esquerda encolhe em relação às últimas legislativas e que, em apenas um mês, a distância entre PS e PSD encurtou para metade.

Os socialistas caem dois pontos, para os 38%. Mesmo assim, o valor está acima do resultado das últimas legislativas. A vantagem é agora de sete pontos em relação ao PSD, que depois das diretas cresce nas intenções de voto.

À direita, todos sobem à exceção do Chega, que perde terreno, mas com um resultado muito superior ao de 2019. À esquerda, a CDU mantém os 6% que conquistou nas últimas legislativas e o Bloco de Esquerda estabiliza nos 5%, quase metade do resultado de 2019. Qualquer um deles chegaria para o PS formar Governo.

As contas mostram que os partidos à esquerda, incluindo o PAN, reúnem 51% dos votos contra 44% da soma dos partidos à direita. A diferença é de apenas sete pontos, quando nas últimas legislativas era quase três vezes maior.

A sondagem mostra também que a maioria dos inquiridos tem dúvidas sobre as vantagens de uma maioria absoluta. 47% preferem evitá-la, mas 40% entendem que é mesmo a melhor solução. Uma percentagem bem maior do que os 27% que em 2019 já apostavam na maioria de um partido só.

Sem maioria absoluta, 33% dos inquiridos entendem que António Costa deve sentar-se à mesa com Rui Rio

Se ninguém conseguir metade dos votos + 1 e se for o PS o partido mais votado, 33% dos inquiridos entendem que António Costa deve sentar-se à mesa com Rui Rio.

Somando os votos do Bloco de Esquerda e do PCP, uma maioria de 46% ainda acredita que os socialistas devem continuar a privilegiar a negociação com os partidos à esquerda.

Opções que saem reforçadas quando a pergunta é colocada apenas a simpatizantes do PS. 38% dos eleitores socialistas preferem o diálogo ao centro, mas 55% continuam a apostar numa solução à esquerda.

Se por outro lado, for o PSD o partido mais votado. 37% dos inquiridos entendem que Rui Rio deve conversar com o PS. 20% apostam no diálogo com os centristas, que pode não chegar para formar maioria. Apenas 8% abrem a porta a acordos com o Chega e 6% a um entendimento com a Iniciativa Liberal.

Entre os eleitores do PSD, a maioria prefere continuar a apostar no diálogo com o CDS, mas 31% apostam as fichas num acordo ao centro.

52% dos inquiridos consideram que o desempenho do Governo tem sido “Bom” ou “Muito Bom”, enquanto 40% têm a opinião contrária, e 9% não sabem ou não respondem à pergunta.

Em relação a setembro de 2019, as avaliações de “Bom” cresceram 2 pontos percentuais, ao passo que as avaliações de “Mau” cresceram 3 pontos percentuais; a redução (4 pontos percentuais) deu-se nos inquiridos que não sabem/recusam responder.

Marcelo Rebelo de Sousa é o líder político cuja atuação recente é mais bem avaliada pelos inquiridos (7,5).

Seguem-se António Costa (5,8) e Rui Rio (4,9), o primeiro acima do ponto médio da escala (5) e o segundo colado a esse ponto. De notar que, no estudo de setembro de 2019, a atuação de Rui Rio recebia uma avaliação média muito inferior (3,7).

Depois temos Catarina Martins (4,2), Jerónimo de Sousa (3,9), Inês Sousa Real (3,5), Francisco Rodrigues dos Santos (3,2) e João Cotrim de Figueiredo (3,1). As figuras avaliações mais baixas são André Ventura (2,3) e Joacine Katar Moreira (2,1).

Ao longo dos últimos quase três anos, as variações nas avaliações feitas sobre a atuação dos líderes dos partidos de esquerda/centro-esquerda têm sido reduzidas.

António Costa tem persistentemente atingido uma avaliação média em torno de 6, enquanto os restantes líderes apresentam linhas quase paralelas, mantendo praticamente inalterada a sua pontuação média absoluta, assim como o posicionamento relativo face aos outros.

c/ SIC/Expresso

Partilhe esta notícia
Redação
Redação

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Sara Pereira
NO AR Sara Pereira A seguir: Carolina Damas às 17:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv