PSD de Guimarães acusa PS e CDU de “não gostarem” de Pevidém
PS e CDU refutam críticas. Três meses após as eleições autárquicas, a freguesia de Selho São Jorge ainda não viu a constituição do executivo da junta e da mesa da assembleia ser viabilizada pela oposição.
Mantém-se o impasse na freguesia vimaranense de Selho São Jorge, vulgarmente conhecida por Pevidém. Apesar da vitória da coligação de direita, Juntos por Guimarães, nas últimas autárquicas, com a eleição de seis deputados, o PS, com cinco membros, e a CDU, com dois, ainda não viabilizaram a constituição do executivo.
O PSD de Guimarães acusa a oposição de “não gostar” de Pevidém. Em declarações à RUM, o presidente da concelhia lamenta a postura de “intransigência” das outras partes envolvidas, referindo que, nas negociações, os partidos não se mostraram “razoáveis em perceber que a distribuição das propostas tinha de obedecer à realidade do que foi o resultado do ato eleitoral”.
Para Bruno Fernandes, a força política que venceu, neste caso a coligação formada por PSD e CDS, tem de “governar” e frisa que é na mesa da assembleia de freguesia que se faz “a fiscalização e o combate político”.
PS e CDU manifestam vontade de chegar a acordo mas mediante contrapartidas
Do lado do PS, um dos deputados eleitos em Pevidém, Ricardo Lemos, garante que os socialistas estão disponíveis para “dialogar” e “colaborar” com a lista vencedora. Contudo, reforça que a oposição não está na assembleia apenas para “abanar cabeças” e viabilizar um executivo “sem conhecimento do plano eleitoral”.
Na visão do representante socialista, era importante que as três forças políticas se unissem e chegassem a um acordo. “O ideal seria juntar propostas dos partidos representados e criar uma proposta conjunta para alavancar a freguesia, que está parada no tempo há vários anos”, sugere.
Contactada pela Universitária, a CDU remeteu informações para o comunicado enviado esta quarta-feira às redações, onde repudia “veementemente” a acusação da coligação Juntos por Guimarães.
Na ótica da coligação formado por PCP e PEV, quem “colocou pedras no caminho” e inviabilizou a constituição da junta de freguesia foi o presidente eleito, António Ribeiro, ao propor uma lista para o executivo da junta de freguesia que anteriormente já tinha sido rejeitada. A CDU, numa nota assinada pelos dois deputados eleitos em Pevidém, apela ao “bom senso” do presidente e à sua “capacidade de chegar a um entendimento”.
Atualmente, a junta de freguesia de Selho São Jorge continua em funcionamento, de forma limitada, com o anterior executivo liderado pela coligação Juntos por Guimarães, que, nas eleições de setembro, perdeu a maioria absoluta.
*Escrito por Ana Sofia Leite
