“A base da seleção já deixou de ser aquele núcleo duro de 10, 11 ou 12 jogadores”
O selecionador de futsal enaltece o leque de "enorme qualidade" que tem à sua disposição e as "dores de cabeça" que isso provoca.
O objetivo mínimo de passar a fase de grupos em grandes competições já não entra no discurso da seleção portuguesa de futsal. A ideia foi vincada por Jorge Braz na última edição do programa RUM(O) Desportivo.
Depois do título mundial e perspetivando o Europeu, que se realiza entre 19 de janeiro e 6 de fevereiro, nos Países Baixos, o timoneiro da equipa das quinas fala de “um grupo muito forte”, formado pelo conjunto da casa, pela Ucrânia e pelo vencedor do playoff entre Sérvia e Bielorrúsia.
Ainda assim, o selecionador garante que o pensamento de Portugal vai muito além de “apenas passar o grupo”. “Já nem os portugueses quase que admitem [esse discurso]. O grupo é para passar em primeiro e depois vamos crescendo na competição”, acrescenta.
No que diz respeito à escolha dos atletas, o técnico residente em Braga refere que “as dores de cabeça” começam quando tem de reduzir a lista de 25 pré-convocados para os 16 que compõem a lista definitiva. “A base da seleção já deixou de ser aquele núcleo duro de 10, 11 ou 12 jogadores”, assinala Jorge Braz, considerando que existe “gente de enorme qualidade” e que “dá total confiança para abordar uma fase final”.
Jorge Braz lembra antecessor e atribui mérito ao trabalho de Fernando Gomes
No RUM(O) Desportivo, o selecionador recordou o mundial, alcançado há cerca de um mês na Lituânia. Tendo em conta o percurso de Portugal na prova, argumenta que se fez “justiça”. “Sempre acreditámos que era possível e que dependia muito de nós. Acho que foi muito evidente essa vontade e ambição”, assinala.
Até 2018, ano em que a seleção venceu o Europeu, na Eslovénia, Portugal nunca tinha conquistado uma grande prova. Os dois títulos averbados consecutivamente são fruto do “enorme trabalho desenvolvido na última década”, de acordo com Jorge Braz, distribuindo os louros com o antecessor Orlando Duarte e com Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
*Escrito por Ana Sofia Leite e Tiago Barquinha Gonçalves
