Salários não acompanham nível de escolaridade, jovens são os mais prejudicados

Em Portugal, apenas 15% dos contratos a termo são convertidos em vínculos permanentes.

Mais de 60% dos trabalhadores portugueses nascidos depois de 1990 têm contratos a prazo com as empresas e os salários acompanham cada vez menos o nível de escolaridade ou formação.

Estas são algumas das conclusões de um estudo da Fundação Calouste Gulbenkian, cujo autor é o ex-secretário de Estado do Emprego, Pedro Silva Martins.

“Antigamente tínhamos esta ideia dos contratos a prazo como algo no início de vida, em que depois convertia em contrato permanente. Mas ultimamente isto já não está a acontecer”, diz Luís Lobo Xavier, coordenador do estudo.

Os dados mostram que, apesar de serem os mais qualificados de sempre, cada ano adicional de escolaridade traduz-se num aumento salarial de 5%, metade do registado na geração da década de 40.

De acordo com o estudo, os jovens têm mais dificuldade em obter vínculos efetivos com as empresas e em matéria de proteção social saem também mais prejudicados.

“Poderíamos esperar que a nova geração, uma vez que tem níveis de escolaridade mais elevados, começasse a distinguir-se das gerações anteriores em termos dos seus salários, mas verificamos que esse não é o caso”, afirma Pedro Silva Martins.

Atualmente, em Portugal, apenas 15% dos contratos a termo são convertidos em vínculos permanentes.

SIC

Partilhe esta notícia
Redação
Redação

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Português Suave
NO AR Português Suave A seguir: UMinho I&D às 20:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv