Candidaturas de Braga falam sobre expetativas para eleição e abstenção

Representantes das oito candidaturas à Câmara de Braga falaram à RUM sobre as expetativas para a eleição e a projeção para a abstenção, que aponta para entre 42 e 48%, podendo estabelecer-se a maior taxa de sempre.
Coligação espera “vitória clara e esclarecedora”
Uma “vitória clara e esclarecedora”, são estas as expetativas de João Granja, líder da concelhia do PSD de Braga, partido maior da “Coligação Juntos por Braga”.
Aos microfones da Universitária o social-democrata declarou acreditar que a candidatura encabeçada por Ricardo Rio irá “suplementar o resultado obtido em 2017”.
Já quanto à possibilidade de a abstenção nestas eleições autárquicas ultrapassarem os 45%, João Granja diz estar “preocupado”. Porém, realça que as projeções podem ser “mentirosas”, isto porque não foram retirados, em alguns casos, dos cadernos eleitorais cidadãos que já faleceram ou eleitores que eram antigos emigrantes, mas fisicamente não estão em Portugal, logo são falsos eleitores.
PS aguarda resultados com “tranquilidade”
Cerca de duas dezenas de militantes e membros da candidatura do Partido Socialista encontram-se na sede da federação distrital de Braga. Hugo Pires, cabeça de lista à Câmara Municipal, foi um dos primeiros a chegar.
Ainda sem saber os resultados, José Pedro Machado, coordenador da campanha, enalteceu que “o PS entra nas eleições sempre para ganhar”, acrescentando que está “a aguardar os resultados com tranquilidade”.
Sobre a projeção em relação à taxa de abstenção, não esconde que se trata de “um motivo de preocupação”. “Gostávamos que os numeros fossem mais baixos, mas quero louvar os bracarenses que hoje saíram de casa para exercer o direito de voto”, comenta.
CDU fez campanha de “esclarecimento à população”
Carlos Almeida, mandatário da candidatura de Bárbara de Barros, acredita que que a CDU pautou-se por uma campanha de proximidade e, por isso, contribuíram para o esclarecimento da população.
O melhor resultado da CDU em Braga data ao ano de 1993, em que conseguiram 11,6% dos votos. Em 2017, foram 9,6%, o que corresponde a um mandato na vereação.
Bloco de Esquerda acredita num “resultado histórico”
Do lado do Bloco de Esquerda, a cabeça de lista Alexandra Vieira já está presente no Barhaus para acompanhar a noite eleitoral.
João Rodrigues, membro da concelhia do BE, acredita num “resultado histórico”, com a eleição da candidata como vereadora. Além disso, espera “aumentar o número de mandatos nas assembleias de freguesia e municipal”.
No que diz respeito à taxa de abstenção, mostra-se apreensivo com um presumível aumento do valor, em comparação com 2017. Reflete ainda que “as pessoas parecem estar desligadas do direito de votar” e que isso é “um desafio para quem tem responsabilidades políticas”.
PAN espera eleger deputado municipal
Rafael Pinto, candidato do PAN à Câmara de Braga, espera eleger “um deputado municipal”.
Sobre a abstenção, o cabeça de lista, diz que a elevada taxa de abstenção significa que “as pessoas parecem não acreditar como a política é feita” e estão “descrentes”, numa lógica “perpetuada por PS e PSD ao longo de décadas”. Ainda assim, Rafael Pinto diz que “é preciso ter educação política” e ter “políticos competentes e responsáveis”.
Iniciativa Liberal “confiante para festejar eleição de um deputado
Olga Baptista, da Iniciativa Liberal, diz estar “confiante e pronta para festejar a eleição de um deputado”. “Se não acontecer, é na mesma um sucesso porque passamos as nossas ideias e já temos um programa liberal, que tem ideias interessantes e muito boas para a cidade”, acrescentou.
Olga Baptista lamenta o “alheamento da população em relação às questões que lhe dizem imenso”. “Temos que refletir e arranjar ferramentas que tragam de novo os cidadão para a política para aquele que é o seu dever cívico”, frisou.
Livre continua a acreditar na eleição de deputado
Teresa Mota, candidata do Livre à Câmara e Assembleia Municipal, continua a acreditar na sua eleição como deputada. “É muito importante ter tido a oportunidade de dar a conhecer as ideias do partido”, referiu. Teresa Mota diz que, a confirmarem-se, os números da abstenção “é de lamentar e é muito preocupante”.
A RUM tentou também chegar à fala com a candidata do Chega, Eugénia Santos, que se recusou, para já, a prestar declarações.
*Liliana Oliveira, Pedro Manuel Magalhães, Tiago Barquinha Gonçalves e Vanessa Batista
