Zona 30 na Praça de Bocage gera insatisfação e “desemprego”
Os moradores da Praça do Bocage, na freguesia de S. Victor, manifestaram a sua insatisfação, na reunião de câmara desta segunda-feira, a propósito da obra que está a ser levada a cabo no local, para a implementação de uma Zona 30.
Segundo os partidos da oposição e os moradores há já estabelecimentos comerciais a fechar, como consequência da redução do estacionamento. José Carlos Mendes é proprietário de um café e diz que perdeu 60% dos clientes, algo que o forçará a encerrar portas, mandando 15 pessoas para o desemprego. Beatriz Ferreira e Mário Peixoto criticam a falta de estacionamento, que tem levado os moradores e comerciantes a ser autuados. Uma situação descrita como “caótica” pelos bracarenses.
Carlos Almeida, da CDU, referiu, na reunião de Câmara, que a intervenção está a criar muitos mais problemas do que os que está a resolver. “É preciso haver abertura da parte do Município para reunir e encontrar soluções alternativas. Estes projectos acabam por não trazer satisfação, pelo contrário, trazem alguma revolta e uma contestação muito grande de comerciantes e moradores”, refere.
Já o socialista Artur Feio considerou a obra “um erro”, por essa razão deveria ser parada de imediato e repensada. “Está à vista que o resultado final não vai ser bom. Ou se tomam medidas desde já para mitigar os problemas que todos nós já conhecemos ou então tudo o que se venha a fazer será gastar dinheiro público e que nós naturalmente lamentamos”, alerta.
Miguel Bandeira assegurou que a questão dos lugares para cargas e descargas está já a ser solucionada. Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, lembrou o excesso de utilização da viatura individual nas cidades e garante que estão a ser asseguradas alternativas, por exemplo, ao nível dos transportes públicos ou vias pedonais e cicláveis.
*Escrito por Liliana Oliveira e Vanessa Batista.
