Vitorino Silva. O candidato das metáforas e “do povo”

Vitorino Silva, ou Tino de Rans, concorre à Presidência da República pela segunda vez consecutiva com o objetivo de ter mais um voto que em 2016, onde arrecadou 152 374 votos.
Para alcançar o tal voto a mais, o calceteiro mais conhecido do país recorre a uma linguagem simples, apoiada por alegorias, expressões populares e pedras nos bolsos. Tino autointitula-se o candidato “mais povo” a Belém, chegou a estar fora dos debates televisivos, mas ainda foi a tempo de deixar a sua marca.
No debate com André Ventura, líder do Chega, Vitorino levou pedras para falar sobre diversidade, mas rejeita concorrer contra um só candidato: caracterizou a sua candidatura como sendo de esquerda, “mas às direitas”, com a ambição de conquistar o “voto sardinha” e o “voto caviar”.
Na campanha, queria percorrer o país lés-a-lés mas a pandemia trocou-lhe as voltas e o computador passou a ser a ferramenta para Tino levar, como quer, a “voz” e a “sabedoria” do povo até aos eleitores.
Tino de Rans deve alcançar, segundo as mais recentes sondagens, pouco mais de 1% nas eleições presidenciais. O candidato deverá ser o último nas intenções de voto.
