“Virar a Página é um exemplo que nos deve inspirar a todos”

Chama-se Virar a Página e é um projecto Made in Braga, que mereceu a visita do presidente do CDS, esta terça-feira. Francisco Rodrigues dos Santos acompanhou a preparação das mais de 300 refeições ali confeccionadas diariamente, por mais de 150 voluntários. Neste momento, o projecto depende da boa vontade da sociedade e entidades privadas. 

A falta de apoio estatal mereceu a crítica do líder centrista. “É mais um caso clássico da importância da sociedade civil e da iniciativa privada na substituição do Estado em funções do núcleo essencial das suas competências”, disse Rodrigues dos Santos. 

O CDS diz ser fundamental que o Governo celebre” protocolos, com o 3.º sector, juntamente com a Segurança Social”,  para apoiar projectos como o Virar a Página, que distribui mensalmente 10 mil refeições por famílias bracarenses carenciadas.

Alojado provisoriamente no Centro Paroquial de Gualtar, a iniciativa está prestes a atingir as 45 mil refeições oferecidas. “É um exemplo que nos deve inspirar a todos”, apontou. 

Segundo Rodrigues dos Santos, os protocolos permitiam até que o apoio saísse “mais barato ao Estado, porque sendo um Estado de parceria, apoiado nestas instituições, conseguia dar uma resposta de proximidade muito mais eficaz”. “Um Estado, quando tem que salvar os que estão a passar dificuldades, não pode estar dependente da solidariedade particular tem que ter mecanismos de suporte sociais para que nenhum português passe fome”, sublinhou. 

Câmara continua “empenhada” em arranjar espaço definitivo para o Virar a Página

 A responsável pelo projecto, Helena Pina Vaz, diz que os apoios estatais são “fundamentais para a continuidade do projecto”, sendo “impossível que os privados, depois de pagarem os impostos, suportem estas iniciativas, que se prova serem necessárias”. O apelo feito à Segurança Social, adiantou, parece ter tido “boa receptividade”. Recorde-se que o director distrital da Segurança Social visitou há dias o espaço. 


Helena Pina Vaz relembra ainda a necessidade de um local definitivo, uma vez que a paróquia, responsável pelas instalações, poderá precisar do espaço a qualquer momento. 

O vereador Altino Bessa, que integrou a comitiva do CDS que visitou o projecto, assegura que a Câmara Municipal de Braga continua empenhada em encontrar um espaço definitivo para acolher o Virar a Página. 

Os pedidos mantêm-se e os voluntários pedem ajuda para que não falhem nenhuma refeição diária. Há 50 pessoas a ajudar com bens ou dinheiro. Ao fim-de-semana, são confeccionadas mais 100 refeições, além das 300 entregues todos os dias. 

“Em Portugal há gente boa, solidária e que não depende do Estado para dar suporte a quem mais precisa. Não recebem um cêntimo do Estado e fazem um trabalho humanitário”, disse ainda Francisco Rodrigues dos Santos a propósito do projecto bracarense.

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Liliana Oliveira
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