‘Venha quem vier, não recuamos!’. 20 alunos participaram em ação de defesa do ensino público gratuito

Ensino público gratuito, residências universitárias públicas e dignas e apoios aos estudantes deslocados. Estas foram algumas das reivindicações de aproximadamente 20 estudantes que participaram numa tribuna pública realizada em frente à Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da Universidade do Minho, esta sexta-feira.

Com o mote “Venha quem vier, não recuamos!” a iniciativa faz parte de um protesto nacional de estudantes universitários que está a percorrer várias instituições de ensino superior públicas, e que passou pelo campus de Gualtar, em Braga.

A estudante da licenciatura em Geografia e Planeamento e organizadora da iniciativa, Vitória Carvalho, explica que o objetivo é “marcar presença” também na universidade minhota, depois de estudantes do Ensino Superior se terem juntado, na quinta-feira, num protesto junto à sede do Governo, em Lisboa, local onde entregarem um caderno reivindicativo.

Exigem um “ensino público de qualidade, mas essencialmente que seja universal, gratuito e que consagre aquela que é a gratuitidade de todos os graus de ensino”. Vitória Carvalho, que em dezembro se candidatou à direção da Associação Académica da Universidade do Minho, realça a importância da iniciativa “microfone aberto” onde foi possível explanar o que “achavam importante”, até porque depois das legislativas de domingo, que a AD venceu,  importa, “independentemente de qual governo vier, garantir que não se vai recuar naquela que é a defesa dos direitos dos estudantes”.

Já o estudante de licenciatura em Direito, Gabriel Castro, também discursou ao longo de mais de dez minutos. O ativista, que tem surgido em ações semelhantes realizadas no interior da UMinho, alertou para o que classifica uma “grande tempestade no país” após as eleições legislativas de 18 de maio. “Sabemos que o descongelamento das propinas (proposto pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre) representa o seu aumento”, alertando para o enfraquecimento do ensino público “a favor do mercado privado”.

No mesmo sentido, Pedro Fernandes, aluno da Licenciatura em Ciências da Computação, apontou os custos para um estudante deslocado, o que torna “o ensino superior, no fundo, algo completamente antidemocrático”, conclui.

Até ao próximo dia 28 estão previstas mais ações de protesto dos estudantes do Ensino Superior pelo país.

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Marcelo Hermsdorf
Marcelo Hermsdorf

Jornalista na RUM

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