“Vai significar um novo núcleo atractivo do património de Braga”

Deverá avançar “o quanto antes” o projecto de conservação, valorização e promoção do Convento de São Francisco de Real. O Programa Operacional Regional do Norte aprovou a candidatura submetida pelo Município de Braga, que engloba um investimento total de cerca de 2,5 milhões de euros. Desta verba, o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional assegura um financiamento de 850 mil euros, ao qual se junta o investimento municipal superior a 1,5 milhões de euros, para o qual o Município irá recorrer ao Banco Europeu de Investimento.

Recorde-se que o projecto visa reabilitar o Convento de São Francisco de Real, numa perspectiva de coesão espacial à Igreja de São Francisco e Mausoléu de São Frutuoso, tendo em vista a sua visitação.

À RUM, o vereador Miguel Bandeira admite que a intervenção “vai significar um novo núcleo atractivo do património de Braga”. “É um projecto com significado muito importante”, acrecentou.

“A componente turística terá, obrigatoriamente, que ser objecto de escrutínio por parte das entidades financiadoras, prespectivando um domínio de um turismo qualificado, cultural, que, não tenho dúvida, porque é dinamizado científicamente pela UMinho, vai ter um alcance múltiplo e de valor acrescentado a diversos níveis”, acrescentou.

O projecto resulta de uma parceria entre Autarquia, a Universidade do Minho, a Direcção Regional de Cultura Norte e a Paróquia de Real. O espaço, recorda o vereador, será “dinamizado pela unidade de Arqueologia da UMinho, que terá o seu próprio programa, que contempla valências que vão desde a visita, à musealização do local, ou a uma área de investigação e ensino pós-graduado”.

O programa base da operação integra a abertura do monumento à visitação interpretada, com circuito que inclui os dois primeiros pisos do convento, o mausoléu, a igreja e a sacristia; a construção de um Centro de Documentação nos domínios da arqueologia, arquitectura e história, que ocupará o terceiro piso do convento, acolhendo ainda uma biblioteca especializada e o núcleo de apoio ao Convento da unidade de arqueologia da UMinho que assegurará o serviço educativo e a produção actualizada de conteúdos para complementar o circuito de visita.

A 24 de Setembro de 2019, as entidades parceiras assinaram um protocolo de colaboração. Na altura, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, já havia dito que “o projecto inicial era mais ambicioso,

porque previa a existência de um centro interpretativo e instalações próprias para a unidade de Arqueologia da UMinho”, mas, justificou, “face aos limites de financiamento não vai ser possível”. Ainda assim, o reitor destaca “o papel importante na gestão do espaço”, que a unidade da academia terá. “A ideia da visitação é essencial, para que quem vem visita possa percorrer os três espaços e perceber as suas relações históricas”, acrescentou.

O Convento de São Francisco passará a ser num equipamento polivalente, aberto à população.

A empreitada tem “um prazo de execução de dois anos”, ainda que, por agora, esteja sujeita “a procedimentos de administração pública e trâmites legais”. 

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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