Vacina da AstraZeneca deve ser dada a pessoas até aos 65 anos

A Direção-Geral da Saúde considera que, até novos dados estarem disponíveis, a vacina contra da Covid-19 da AstraZeneca deve ser “preferencialmente” utilizada para pessoas até aos 65 anos de idade.

Numa norma divulgada no site, a DGS acrescenta, no entanto, que “em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou mais anos de idade ser atrasada” se só estiver disponível esta vacina. Leia aqui o documento.

A DGS recorda que a vacina da AstraZeneca está aprovada para prevenção da Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, em pessoas com idade igual ou superior a 18 anos e diz também que “em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou menos anos de idade ser atrasada se só estiver disponível uma vacina de mRNA”.

Portugal recebeu este domingo um lote de 43.200 vacinas da AstraZeneca, o primeiro deste laboratório, informou a “task force” para o plano nacional de vacinação. A entrega surge num momento em que vários países estão a desaconselhar a administração desta vacina a pessoas com mais de 65 anos.

Na semana passada, e no meio de um conflito contratual da farmacêutica anglo-sueca com a Comissão Europeia, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) deu “luz verde” à utilização da vacina da AstraZeneca/Oxford para ser administrada a adultos a partir dos 18 anos, sem impor um limite superior de idade.

A entrega do primeiro lote da AstraZeneca a Portugal acontece quando foi revelado que esta vacina oferece proteção limitada contra a variante detetada na África do Sul, segundo resultados preliminares de um estudo que será publicado na segunda-feira.

A pesquisa realizada por especialistas das universidades de Oxford e da sul-africana de Witwatersrand – cujas descobertas foram avançadas, no sábado, pelo jornal britânico Financial Times – mostrou que a vacina tem uma eficácia limitada contra essa mutação.

A África do Sul anunciou a suspensão temporária do seu programa de vacinação covid-19 após um estudo ter demonstrado uma eficácia “limitada” da vacina AstraZeneca/Oxford contra a variante do novo coronavírus detetada no país.

O programa de vacinação deveria começar nos próximos dias com um milhão de vacinas desenvolvidas pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

De acordo com os resultados preliminares, esta vacina é apenas 22% eficaz contra formas moderadas do vírus e ainda não estão disponíveis resultados sobre a sua eficácia contra formas graves.

O plano nacional de vacinação contra a Covid-19 em Portugal arrancou em 27 dezembro com a administração das vacinas aos profissionais de saúde dos hospitais diretamente envolvidos na prestação de cuidados aos doentes.

Segundo disse na quinta-feira a ministra da Saúde, o país tinha nesse dia “cerca de 378 mil inoculações de vacinas” contra a covid-19.

Na terça-feira, arrancou a vacinação em centros de saúde de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas.

c/ Lusa

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