Festival Literário Utopia terá versão internacional já em 2025

Realiza-se pela primeira vez em Braga, cidade onde promete criar raízes, mas a organização aponta já à internacionalização do Festival Literário – Utopia -, em 2025. Espanha deverá ser o próximo destino, ainda que a cidade não esteja definida. Seguir-se-á, em 2027, México, Colômbia ou Brasil. A ideia é que o Festival passe a ser bianual, mantendo sempre uma edição na cidade dos arcebispos.


Paulo Ferreira, diretor-geral da The Book Company, uma das entidades responsáveis pela programação do festival garantiu, em entrevista à RUM, que “não é um festival para sair de Braga, mas o objetivo é estabelecer pontes a nível internacional”.

“Braga é um exemplo extraordinário de que a identificação de um território pode ser feita através da cultura e há poucas cidades que se podem gabar de fazer isso”, acrescentou.

Um Festival como o Utopia, diz Paulo Ferreira, tem que ser feito “com as forças vivas da cidade” e, por isso, elas estão bem patentes na programação, que diz ser “eclética, para chegar ao maior número de públicos possível”. Com um orçamento de 300 mil euros, a programação conta com mais de uma centena de convidados e envolve conversas com escritores de renome.

Esta quinta-feira, às 21h30, no Theatro Circo, Frederico Lourenço e Ricardo Araújo Pereira, dão o pontapé de saída para uma programação de 90 horas.

Na sexta-feira, às 15h30, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, decorre a Conversa DGLAB “Ler em grupo: da literatura ao convívio em volta dos livros”, com António Ferreira, autor do programa Livros com RUM, Sandra Rodrigues, Margarida Capitão (Biblioteca Municipal Manuel Boaventura), José Ismael Graça (Casa do Conhecimento de Vila Verde) e Bruno Duarte Eiras (moderador). No mesmo dia, às 17h00, decorre no Espaço Vita a entrega do Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga.

A primeira iniciativa em parceria com a Universidade do Minho é a Apresentação da UMinho Editora, às 18h, na Galeria do Paço. João Crispim e José Gomes Mendes vão falar de “Comunidades de Energia Renovável”.

No sábado, 4 de novembro, está agendado para as 22h00, na Capela Imaculada do Espaço Vita, Afonso Cruz apresenta uma criação inédita, combinando música, imagem, texto e performance, denominada “O que a chama iluminou”. Antes disso, às 15h00, decorre a conversa “O território do humor”, com Bruno Nogueira, Filipe Melo e Hélder Gomes.

Ainda no sábado, começa em Braga e no Utopia o projeto dst – Vivos nas livrarias com o objetivo de criar uma tradição: juntar escritores e leitores em sessões de leituras públicas, nas livrarias independentes de todo o país. Os autores leem os seus contos, e depois há uma conversa conduzida por um convidado-leitor. A iniciativa conta com Rui Manuel Amaral e Francesca Clare Rayner, na Centésima Página.

No domingo, no Espaço Vita, David Pontes entrevista Miguel Esteves Cardoso, às 16h00.

A 6 de novembro, tem início o ciclo “Democracia & Utopia”, na Reitoria da Universidade do Minho, com Ana Abrunhosa e António Cunha a falarem sobre o desenvolvimento regional e a cooperação territorial. Às 12h00, Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, e Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, falam da “Democracia, uma utopia com lugar”.

O Centro da Juventude de Braga será palco de uma sessão da Festa do Cinema Francês “No Corpo”, com o realizador Cédric Klapisch, a partir das 21h00.

No da seguinte, à mesma hora, decorre uma sessão da Festa do Cinema Francês “Fica Connosco”, com o realizador Gad Elmaleh.

A BLCS será palco, no dia 9, da apresentação do livro “Vermelho Sangue”, de Joana Páris Rito, pelo psicólogo Paulo Coelho.

Na sexta-feira, “pela primeira vez num festival literário”, os escritores vão às empresas. A F3M recebe Filipa Fonseca Silva, às 11h00, e João Tordo, às 16h00, para falarem sobre o processo criativo e o seu papel na inovação. A entrevista de vida a Lélia Wanick Salgado, conduzida por Afonso Borges, está agendada para as 18h30, no Espaço Vita. No dia seguinte, no mesmo local, Isabel Luca entrevista Ludmila Ulitskaya. À noite, o dstgroup oferece à cidade o espetáculo de Mallu Magalhães, às 21h30, no Theatro Circo.

O último dia de festival terá como um dos pontos altos a entrevista a José Rodrigues dos Santos, conduzida por Pedro Vieira, a partir das 15h00, no Espaço Vita. Às 18h00, é a vez de Lídia Jorge ser entrevistada por José Maria Pimentel.

O festival encerra às 18h45 com uma atuação do Conservatório Bomfim, nos claustros do Espaço Vita.

“O livro está no centro e, a partir daí, permite-nos fazer passeios literários, por exemplo, até para homenagear a Maria Ondina Braga, permite-nos fazer degustações, permite-nos fazer cursos de formação”, afirmou Paulo Ferreira.

Há sessões que já estão esgotadas, mas haverá salas onde as pessoas podem assistir, através da projeção dessas sessões. No espaço Vita, haverá a possibilidade pra 20 a 25 pessoas assistirem às sessões de pé.


Os bilhetes para algumas sessões esgotaram em poucos minutos e Paulo Ferreira diz que “nunca viu nada assim”. Apesar da corrida aos bilhetes, há sessões que ainda têm lugares disponíveis. Quem tem bilhete e não tenciona marcar presença deve avisar a organização para que esses bilhetes possam ser libertados para outras pessoas. 


 – PROGRAMA COMPLETO PODE SER CONSULTADO AQUI –

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Liliana Oliveira
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