Universidades serão essenciais para ultrapassar crise criada pela covid-19

O país necessita do conhecimento e inovação das universidades para crescer. Esta foi a mensagem deixada na conferência “Inovação e processo criativo”, na Universidade do Minho, que faz parte do programa que assinala os 150 anos do nascimento de Alfredo da Silva. O empresário é considerado como uma das personalidades mais marcantes da economia e sociedade do século XX. Foi o criador de um império cujo legado sobrevive até hoje, por exemplo, através do grupo CUF, azeite oliveira da Serra ou Lisnave.
Vasco de Mello, presidente da Fundação Amélia de Mello e bisneto de Alfredo da Silva, olha para as universidades portuguesas como um “motor de inovação e criatividade”, logo estas ligações devem ser fomentadas, de modo a aumentar as competências, algo “verdadeiramente essencial”.
O responsável elogiou a forte ligação da Universidade do Minho com o tecido empresarial, fator fundamental que ditou a inclusão nestas comemorações.
O reitor da UMinho destacou o facto de Alfredo da Silva ter sido um homem à frente do seu tempo. Para o responsável máximo da academia minhota, as universidades têm a responsabilidade de “qualificar as pessoas, alargar as suas fronteiras de conhecimento, mas também contribuir de forma direta para o desenvolvimento social e económico” do país.
Quando questionado sobre as suas expetativas em relação ao Plano de Recuperação e Resiliência, que foi entregue esta quinta-feira em Bruxelas, Rui Vieira de Castro declara que são elevadas, por isso espera que haja espaço para o desenvolvimento de projetos e se dê passos significativos no que diz respeito à transformação digital das academias.
Já o presidente da CCDR-Norte e ex-reitor da UMinho, António Cunha, evidenciou o facto de Portugal ter dado o salto de país importador para exportador quer de calçado, quer de tecnologia quer de mão de obra qualificada como é o caso de engenheiros.
“Nos últimos anos Portugal e sobretudo a região norte, que é a mais exportadora, cresceu muito em produtos de média e média alta complexidade que está associada ao setor automóvel”, refere. Este valor acrescentado é alargado ainda à inteligência artificial, produtos médicos e agricultura.
A conferência “Inovação e processo criativo” está a decorrer no Auditório Nobre do campus de Azurém, em Guimarães. A sessão será encerrada, por volta das 17h20, pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
