Universidades ambicionam comunidade mais activa

As universidades estão unidas na premissa de valorizar e alargar o desporto formal e informal a toda a comunidade. Esta foi a mensagem principal do jantar conferência, que teve lugar esta terça-feira no restaurante Panorâmico da UMinho, na sequência do segundo dia do sexto Encontro Nacional de Serviços Desportivos que está a decorrer até esta quarta-feira na academia minhota.
O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, sublinhou que a academia tem vindo a criar boas condições para a prática desportiva. Isto quer ao nível da acessibilidade como do enquadramento por parte de técnicos especializados que sejam capazes de orientar a actividades das pessoas.
O responsável máximo da academia minhota realça a preocupação em “diversificar a oferta”, de modo a responder aos interesses não só das massas como de pequenos grupos. Para além disso, o reitor destacou a “especial sensibilidade” dos Serviços de Acção Social na atenção que tem nos menus que são servidos na universidade.
Pela Universidade de Aveiro existem projectos focados, por exemplo, no arranque do desporto adaptado. Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro, anunciou no jantar conferência que estão a preparar uma equipa de basquetebol. À RUM descreveu o desporto nas faculdades como um mecanismo fulcral na integração. “Somos uma universidade onde coexistem 90 nacionalidades, com o desporto conseguimos dar alguma coesão a essa comunidade. Isto porque o desporto não tem cultura nem língua”, declara.
Acima de tudo o reitor adianta que através do desporto os estudantes conseguem adquerir valores que posteriormente podem vir a fazer a diferença no mercado de trabalho.
Do lado da Universidade do Porto a pró-reitora, Joana Carvalho, refere que a faculdade de desporto está comprometida em combater o sedentarismo junto dos alunos e funcionários. “É fundamental incentivar a comunidade a ter estilos de vida activos. Temos de contrariar o sedentarismo. Hoje em dia temos as redes sociais, a televisão e o próximo trabalho que nos obriga a estar horas sentados. Temos de pensar em soluções”, afirma.
Outra das grandes metas passa por aumentar a participação feminina nos ginásios das academias. Número ainda muito inferiores à prática desportiva masculina.
Contudo, vários foram os participantes que concordaram que é necessário uma mudança de mentalidades, juntos dos docentes, que muitas vezes acabam por não atribuir o devido valor à prática desportiva acabando por “dificultar” no dia-a-dia o percurso académico dos estudantes atletas.
