Unidade de Arqueologia descobre oito fortes e acampamento do séc XVII nos Arcos de Valdevez

A Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho encontrou oito fortes, um fosso e o primeiro acampamento escavado em Portugal que remonta ao período da Guerra da Restauração da Independência do século XVII.
Em comunicado, esta terça-feira, o Município de Arcos de Valdevez dá nota da aprovação de uma adenda ao protocolo de colaboração com a Unidade de Arqueologia da UMinho, iniciado em 2018, no valor de 7.504,43 mil euros, para continuar os estudos nos Fortes do Extremo.
A RUM conversou com a responsável científica do projeto, Rebeca Blanco-Rotea, que dá nota da descoberta de “uma trincheira e um fosso de grandes dimensões” que poderá ser anterior à fortificação.
Em parceria com a Escola de Arquitetura da UMinho, a unidade de arqueologia irá reconstruir em 3D os vários monumentos do Extremo e de Arcos de Valdevez, presentes durante a guerra peninsular. Neste novo projeto, o objetivo passa por incluir a população “no processo de investigação”, de modo a valorizarem o território e a sua história.
Além das descobertas materiais, estão também a ser documentadas lendas dos tempos dos mouros.
Em outubro, está previsto um encontro entre cientistas e comunidades locais para falar sobre o património do Extremo. “Vamos explicar e contar tudo o que descobrimos. Fazemos um processo de co-construção que para nós é muito importante”, refere.
Alunos do mestrado em arqueologia, mas não só, vão continuar a escavar na zona do extremo, em Arcos de Valdevez.
