UMinho no centro da discussão sobre igualdade, diversidade e inclusão na educação doutoral

A Universidade do Minho foi a instituição escolhida pela European University Association (EUA) Council for Doctoral Education (CDE) para acolher um workshop com foco nas questões da igualdade, diversidade e inclusão nas instituições.
Foram mais de 90 os inscritos de 22 países como Alemanha, Bélgica, Geórgia, Noruega e Polónia. Uma oportunidade de refletir e partilhar experiências com vista a receber melhor os alunos internacionais de doutoramento e beber das suas experiências e culturas em prol do conhecimento.
António Vicente, diretor do Colégio Doutoral da UMinho, adianta que a instituição está a trabalhar numa estratégia de acolhimento dos alunos, de modo a melhorar as suas condições. Além disso, foi realizado um estudo com vista a apontar “boas práticas”, a título de exemplo, com linhas orientadoras na relação entre orientador e orientando. As conclusões apontam para a necessidade de continuar a trabalhar estas problemáticas.
O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, que participou na sessão de abertura do evento, sublinhou a projeção a nível internacional da instituição pelo facto de acolher este workshop.
“Para a Universidade de Minho é muito honroso poder acolher a realização deste evento, que traz sempre pessoas com uma reflexão muito significativa e com uma experiência também, ela, muito significativa em torno da educação doutoral. Portanto, para nós é também uma excelente oportunidade para podermos verificar aquilo que são as tendências que vão marcando a educação doutoral na Europa e para repensarmos a nossa própria estratégia”, declara.
Para o responsável máximo da UMinho, a comunidade de estudantes africanos e asiáticos que frequentam os cursos doutorais da instituição podem ajudar a enriquecer a mesma quando bem integrados. Rui Vieira de Castro defende que a instituição deve procurar “trazer as pessoas para um determinado quadro de atuação” e “aproveitar a própria experiência diversa que essas pessoas têm e rentabilizá-la”.
Aos microfones da RUM, Simon Marti, EUA Council for Doctoral Education, adianta que espera que este evento de dois dias, possa ser um momento de partilha, visto que alguns dos participantes têm já políticas e práticas bem estabelecidas sobre equidade, diversidade e inclusão. “Eu acho que há um grande interesse na nossa comunidade para aprender em conjunto, sobre como prosseguir nas suas escolas doutorais”, frisa.
Até 1 de março deste ano, está a decorrer um questionário com vista a avaliar o estado atual da educação doutoral na Europa. Em 2025, a EUA-CDE irá assinalar os 20 anos da reforma de Salzburgo que deu origem aos princípios e recomendações da rede.
