UMinho. “Temos de ser críticos em relação aos rankings”

“Temos de ser críticos em relação aos rankings”. O alerta é do vice-reitor para a Investigação e Inovação, Eugénio Campos Ferreira, em reação ao Center for World University Rankings. A lista foi divulgada esta segunda-feira.
A Universidade do Minho aparece no lugar 595 da geral, sendo que a nível nacional ocupa o sexto lugar atrás de Coimbra, Nova de Lisboa e Aveiro. Em primeiro lugar surge a Universidade de Lisboa que está na posição 202 geral e a Universidade do Porto, segunda classificada, está no lugar 308.
Contactado pela RUM, o vice-reitor alerta para o facto de vários rankings serem pouco “fiáveis” por serem geridos por agências comerciais que vendem programas de “consultoria para manipular informação, de modo a melhorar o posicionamento” em determinado ranking, nomeadamente, o Times Higher Education (THE) e o
QS World University Rankings.
Contudo, o responsável frisa que a UMinho está atenta, uma vez que principalmente os estudantes internacionais consultam e tomam decisões a partir dos rankings.
No caso do Center for World University Rankings, da autoria de uma consultora dos Emirados Árabes Unidos, são utilizados quatro critérios: educação, empregabilidade, qualidade do corpo docente e desempenho científico.
No caso da empregabilidade, Eugénio Campos Ferreira chama à atenção para o facto de Portugal ter apenas quatro empresas na lista da Forbes, são elas: BCP, EDP, Galp Energia e Jerónimo Martins, utilizada como critério, logo, serão poucos os alumni que chegam a cargos de CEO.
Outros pontos que acabam por prejudicar as universidades portuguesas, estão relacionados com a conquista de medalhas e prémios Nobel e a falta de consideração da dimensão das instituições.
UMinho acredita que irá manter-se no intervalo 401-500 do ranking de Shanghai.
A Universidade do Minho aguarda com alguma expetativa os resultados deste ano do Ranking de Shanghai. O vice-reitor acredita que a instituição vai manter a posição, no intervalo 401 a 500, sendo difícil um crescimento para o escalão entre 300 e 400.
“Muitas universidades asiáticas têm melhorado o seu posicionamento com investimentos avultadíssimos e que permitem subidas no ranking face à contingência do financiamento nacional”, explica.
A UMinho está particularmente atenta ao ranking de Shanghai, Leiden e da Universidade de Taiwan.
