UMinho dá a conhecer exemplos de sustentabilidade ambiental

A Universidade do Minho é palco, até sábado, do workshop internacional do ‘UI GreenMetric World University Rankings’, que avalia desde 2010 a sustentabilidade ambiental de mais de mil universidades de 85 países.

A iniciativa da Universidade da Indonésia visa classificar o desempenho de universidades de todo o mundo, segundo indicadores ligados à sustentabilidade ambiental. Subordinada ao tema ‘Innovation, Impacts and Future Direction of Sustainable Universities’, esta 9.ª edição, organizada pela primeira vez pela instituição de ensino superior minhota, conta com a participação de especialistas dos cinco continentes para partilhar as diferentes experiências de sustentabilidade nos campi universitários.

Para o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, é a “oportunidade de trazer até nós um conjunto de universidades de vários cantos do mundo, em contextos e com histórias muito diferentes, mas que têm esta preocupação comum”. “Através dos relatos, apresentações e experiências que são comunicadas esperamos recolher ensinamentos”, refere, considerando se tratar de um evento “único para trocar essas experiências e ao mesmo tempo procurar definir caminhos que podem ser comumente trilhados”.

Riri Fitri Sari, presidente do ‘UI GreenMetric World University Rankings’, elogiou o trabalho que tem vindo a ser realizado na instituição minhota. “A UMinho evoluiu muito no sentido de alcançar melhores condições. Verificamos que há muitas coisas que acontecem e recebemos o relatório de como as novas melhorias em termos de gestão de resíduos e todas as avaliações de mobilidade universitária foram bem conduzidas na universidade”, aponta, considerando também que “tem estado muito ativa na criação do próximo programa”.

Para Ricardo Rio, presidente Câmara Municipal de Braga, a cidade “tem sido um exemplo na área da sustentabilidade”, destacando os resultados obtidos. “Na avaliação que vamos fazendo, de uma forma muito regular e com critérios muito objetivos, validados nacional e internacionalmente, temos sido uma das cidades que mais têm contribuído para se transformar num território mais sustentável”, frisa.

No seu entender, o processo que tem sido desenvolvido “tem sido muito interessante”, nomeadamente no que toca à “definição das metas, ao alinhamento das estratégias e ao envolvimento com toda a comunidade na concretização desses objetivos”.

O evento contou ainda, esta sexta-feira, com a assinatura da Declaração de Adesão à Rede UI GreenMetric por parte dos novos membros.

Atribuição de galardões às universidades mais sustentáveis do mundo

Ainda no âmbito deste workshop, decorreu, na quinta-feira, a entrega dos galardões ‘Most Sustainable Universities’, ‘Most Sustainably Improved University’, ‘Most Active National Coordinator of UI GreenMetric World University Rankings Network’ e ‘Most Sustainably Innovative University’. 

Tevhide Serra Gorpe, em representação do reitor da Universidade de Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, recebeu o prémio ‘Most Active National Coordinator of UI GreenMetric World University Rankings Network’. “Definimos a nossa missão e temos metas a alcançar e através do sistema de círculo de sustentabilidade que criamos, verificamos constantemente o nosso desempenho e melhoramos. E quando olho para os esforços de sustentabilidade da minha universidade, posso dizer que todos os intervenientes estão envolvidos”, refere, mostrando-se “orgulhosa”.

Já Camile Kirk, em representação da Universidade da Califórnia em Davis, dos Estados Unidos da América, recebeu o galardão ‘5th Most Sustainable University’. “Algumas das coisas que fazemos para promover a sustentabilidade incluem a preparação do primeiro plano para um caminho livre de combustível fóssil na Universidade da Califórnia e um dos primeiros no setor de ensino superior dos Estados Unidos para descobrir como eliminar 95 % de nosso uso de combustível fóssil nas nossas instalações”, revela, acrescentando se tratar de “um grande passo para combater as mudanças climáticas”.

“Estamos ansiosos para partilhar o que aprendemos para que possa ser replicado”, acrescenta.