UMinho quer levar à Assembleia de Centros preocupações com método de avaliação da FCT

A Universidade do Minho está preocupada com o método de avaliação dos centros pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). O assunto foi introduzido pela representante dos professores e investigadores, Isabel Soares, na reunião desta sexta-feira. Este trabalho será decisivo para definir o programa plurianual de financiamento para o período 2025-2029.

A também presidente do Laboratório Colaborativo ProChild fala num processo “pouco profundo” que poderá colocar em causa o financiamento para os próximos anos, visto que as avaliações são feitas online com “tempos extremamente curtos para ser possível discutir o trabalho desenvolvido”.

“Uma hora para um plenário, 30 minutos para os estudantes de doutoramento, 30 minutos para os investigadores júnior e 30 minutos para os investigadores sénior. Isto perfaz duas horas e meia. Eu acho que isto é absolutamente crítico”, lamenta.

A mesma posição tem o conselheiro Luís Santos, do Instituto de Ciências Sociais, que sublinha que além de ser u processo “reduzido em termos de proximidade às pessoas que desenvolvem o trabalho”, só haverá uma visita aos centros durante uma hora. “O próprio calendário para as avaliações, arrastou-se no tempo. Este ano temos financiamento que é uma prorrogação do anterior”, alerta.

O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, realçou a importância de este assunto contar com “uma só voz”, logo será pedida a integração do tema na próxima Assembleia de Centros, por parte do vice-reitor Eugénio Campos Ferreira, de modo a concretizar uma posição conjunta sobre esta matéria. 

“Há decisões que são muito relevantes que estão a ser tomadas neste momento, que afetam as comunidades científicas e as unidades de investigação. Aquilo que nós esperamos é que nada seja feito com ligeireza, porque o que está em causa é a continuidade de um trabalho, muitas vezes de décadas, no âmbito destas unidades”, declara.