UMinho quer atrair mais estudantes do 9.º ano para o Verão no Campus

A Universidade do Minho quer atrair mais estudantes do 3.º ciclo para o Verão no Campus, a iniciativa que pretende ajudar os jovens a tomar decisões quanto ao futuro através da experimentação dos cursos e profissões.
Este ano participaram mais de 300 jovens, sobretudo do 11.º ano, mas o objetivo é que no próximo ano possam ser preenchidas mais vagas por alunos do 9.º ano.
“É uma faixa que está pouco preenchida, mas que gostávamos de alargar e começar a receber estes estudantes antes do 9.º ano, porque a atividade pretende pensar profissões para o futuro, mas também adquirir o conhecimento e experimentação que concorre para a literacia científica e aumento do conhecimento, que é também a missão da Universidade”, disse em entrevista à RUM a pró-reitora para a Comunicação Institucional, teresa Ruão.
Este ano, à semelhança do que vem acontecendo há 14 edições, “a maior parte dos alunos vem do 11.º ano, que corresponde ao ano em que começam a pensar de uma forma mais séria sobre as opções que têm que fazer no ano seguinte e a universidade pode ajudar na medida em que experimentam uma quantidade grande de atividades, profissões e a área de investigação”.
“A sensação final é a de missão cumprida, esperando que muitos deles escolham a UMinho como caminho de futuro”, disse ainda Teresa Ruão.
Na sessão de encerramento esteve também o reitor da Universidade do Minho. Para Rui Vieira de Castro “o entusiasmo” dos participantes é a prova de que “esta é uma iniciativa importante e que temos que continuar a promover”. “É também uma forma de os sensibilizar para a importância do prosseguimento dos estudos ao nível do ensino superior”, destacou.
Também a presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Margarida Isaías, destaca a importância da atividade, uma vez que “no ensino secundário não fazemos ideia da quantidade de cursos que existem, que cadeiras vão ter ou onde vão poder trabalhar”.
O que acharam os estudantes do Verão no Campus 2023?
Ana Vasconcelos estuda na Escola Europeia, no Luxemburgo, e veio propositadamente a Portugal para participar no Verão no Campus. “Não estava à espera de haver tantas hipóteses dentro da psicologia, associava muito a psicologia à psicologia clínica e não é só isso”, começou por dizer a jovem estudante do 11.º ano.
Quando terminar o ensino secundário, Ana pretende fazer a mala e estudar numa universidade portuguesa, sendo a UMinho uma das possibilidades em cima da mesa. “Achei que seria interessante experimentar a atividade para ver se gostava mesmo de psicologia”, referiu ainda.
Luana Okkerse é aluna do 12.º ano da Escola Secundária Sá de Miranda, em Braga, e a passagem pelo Verão no Campus serviu para que a jovem percebesse que aquilo que estava nos seus planos, educação básica, talvez não seja uma opção fechada. “Não queria muito educação e agora estou a ponderar. Nesta idade é complicado definir objetivos para o futuro e há pessoas que não têm ideia do que querem seguir e isto ajuda bastante”, denotou.
De Barcelos veio, novamente, Tiago Martins, da Escola Básica e Secundária Valo do Tamel. “Já estive no Verão no Campus no ano passado, gostei da experiência e este ano voltei a gostar. Definitivamente quero entrar na UMinho, em engenharia informática”, afirmou.
Ao longo de cinco dias, os participantes do Verão no Campus foram jornalistas, professores, psicólogos, advogados, médicos, engenheiros e tantas coisas mais. Viveram na pele, a vida de um estudante do ensino superior e agora regressam a casa, com as lembranças que levam dos dias vividos na Universidade do Minho.
