UMinho premeia mérito de 101 atletas/estudantes

Dois mil e dezanove foi um ano de ouro para o desporto da UMinho: 29 medalhas de ouro, 34 de prata e 41 de bronze, só em provas nacionais. Somam-se a estas as medalhas conquistadas nos pódios internacionais e as distinções do Governo, da Associação Europeia do Desporto Universitário e da Federação Académica do Desporto Universitário.

Os protagonistas, estudantes e atletas com carimbo UMinho, viram o seu esforço recompensado este sábado, na cerimónia de entrega de Prémios de Mérito Desportivo, que decorreu no restaurante Panôramico. O número de estudantes premiados aumentou, este ano, somando-se 101 prémios, mais 39 do que em 2018, de 12 modalidades e 42 cursos.

Estes prémios estão indexados ao valor da propina anual. O montante do prémio varia entre o valor integral da propina para os estudantes que conquistaram medalhas de ouro em competições internacionais universitárias, e 12,5% do valor integral da propina, no caso dos estudantes que se sagraram campeões nacionais universitários em modalidades coletivas ou provas por estafetas. Estes números equivalem a um investimento de cerca de 20 mil euros, este ano, na atribuição das bolsas.

O arquitecto que se dedica ao Taekwondo e a futura médica que prescreve receita no atletismo


Júlio Ferreira divide o seu tempo entre duas paixões: o curso de Arquitectura e o taekwondo. O segredo, diz, passa por “levar a sério e gostar das duas coisas”.

O atleta integrou a delegação portuguesa nas Universíadas, onde arrecadou o bronze.

“Não só ajuda os estudantes como a sociedade, que cria uma nova maneira de olhar para o desporto. Ter a propina é só mais um incentivo para querermos mais”, afirmou. O ano ainda dá os primeiros passos, mas Júlio já tem metas definidas: apuramento olímpico e Europeu Universitário na Sérvia. “O objectivo é sempre vencer”, rematou.

Já Mariana Machado divide o tempo entre a pista de atletismo e o curso de Medicina. “É bastante complicado, mas quando gostamos verdadeiramente das duas coisas fazemos tudo com prazer e torna-se tudo mais fácil”, explicou.

Assumindo “um gosto especial em competir pela instituição”, Mariana frisa a importância da universidade “enaltecer todo o esforço” dos atletas “para conseguir os melhores resultados nas duas carreiras.”

“É óbvio que o facto de ser um prémio monetário ajuda não só a investirmos na nossa formação académica como em materiais para o nosso percurso desportivo”, acrescentou.

“Bater os recordes pessoais, alcançar as melhores marcas possíveis, mais medalhas para Portugal, uma participação no campeonato da Europa de Seniores e o sonho dos Jogos Olímpicos, este ano ou em 2024” estão entre as metas que Mariana deseja ver concretizadas.

Estudantes premiados são “exemplo a seguir”


Dez edições depois, os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) já investiram cerca de “200 mil euros” na atribuição de “769 prémios” a atletas/estudantes de cerca de 20 modalidades. Só este ano, foram entregues 101 prémios.

Para o reitor da UMinho os números “são motivo de orgulho”. “Esta duplicação dos estudantes que este ano são abrangidos vem confirmar a justeza da aposta que a Universidade vem fazendo na promoção da prática desportiva”, afirmou Rui Vieira de Castro, que acredita que estes estudantes são o “exemplo a seguir” e a prova de que “é possível desenvolver carreiras desportivas universitárias muito bem sucedidas ao lado de percursos académicos também eles muito bem sucedidos”.

O reitor diz-se ainda “satisfeito com os níveis de envolvimento dos estudantes na actividade desportiva, quando um terço está envolvido em actividade desportiva regular”. Ainda assim, o desejo é de ver o número crescer, bem como os dados associados ao número de estudantes envolvidos em competição.

Dois mil e dezanove “foi um grande ano”, com o reconhecimento por parte de diferentes entidades. Algo que, lembra Rui Vieira de Castro, “traz responsabilidade, que a universidade quer aproveitar como estímulo para fazer mais e melhor”. “Em circunstâncias quem nem sempre são fáceis, a UMinho quer continuar a fazer a aposta que tem feito no desporto, da qual a niversidade tem retirado importantes dividendos”, finalizou o reitor.

SASUM querem “apostar nos equipamentos e reforçar a ligação às federaçoes e clubes desportivos”


Para o director do departamento de Desporto e Cultura dos SASUM, “é muito recompensador perceber que a UMinho começou este caminho há muitos anos e que conseguiu motivar os seus atletas a conciliar as duas vertentes que são essenciais para a sua vida”. “A vertente do estudo dá uma disciplina que é importante para ter bons resultados ao nível desportivo e a vertente do desporto, enquanto espírito de sacrifício e entreajuda, é fundamental para ser um melhor profissional”, apontou.

Carlos Alberto Videira lembra ainda a importância de “apostar nos equipamentos, essenciais para garantir o conforto do treino e competição, e reforçar a ligação às federaçoes e clubes desportivos”. Passará por aqui, segundo o responsável, “o segredo do sucesso da UMinho no desporto universitário”. “Vontade” é o único requisito para quem quer ser um exemplo na carreira dual.

“Estes sinais demonstram de que as entidades desportivas da UMinho estão a percorrer o caminho certo”


Rui Oliveira, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, enalteceu “a capacidade de gestão do tempo, necessária para exercer uma carreira dual”. “Estes sinais demonstram de que as entidades desportivas da UMinho estão a percorrer o caminho certo na melhoria das condições da prática desportiva universitária”, acrescentou.

O presidente da AAUM acredita que “uma educação transversal é fundamental para o desenvolvimento da região e do país”. “É por isso que temos de ser capazes de formar cidadãos, estudantes e atletas com competências para responder às necessidades da sociedade”, frisou.

A cerimónia incluiu a tertúlia “Das Competições Universitárias aos Jogos Olímpicos – Voz aos Protagonistas”, que juntou Rui Bragança (Taekwondo), Susana Feitor (Atletismo) e Vânia Neves (Natação). Rui Bragança é da opinião que as competições universitárias o tornaram um atleta mais preparado para as competições federadas. Vânia Neves apontou que sem o apoio das instituições de ensino superior seria muito difícil conciliar uma carreira dual “tendo o apoio da instituição é tudo mais fácil, depois também nos sentimos bem por poder retribuir todo esse apoio quando representamos a nossa Universidade”.Para Susana Feitor, a Universidade do Minho “é uma Universidade a quem devemos tirar o chapéu porque tem feito a diferença no apoio às carreiras duais”.

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Liliana Oliveira
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