UMinho pondera soluções para cursos menos procurados

A Universidade do Minho (UMinho) vai repensar a continuidade de alguns cursos que nos últimos anos têm sido menos procurados pelos estudantes, nomeadamente a licenciatura em Engenharia Têxtil, cujo número de vagas ocupadas é residual. A possibilidade é reconhecida pelo reitor da instituição em entrevista à RUM.
Com mais vagas por preencher encontram-se a licenciatura em Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores, com 23 vagas nesta 1ª fase, seguindo-se Engenharia de Polímeros com 22 vagas, Engenharia de Telecomunicações e Informática (18), Engenharia Têxtil (17), Proteção Civil e Gestão de Território (16) e Economia (13).
Por isso, Rui Vieira de Castro admite que o cenário, nalguns cursos, exige a avaliação de algumas possibilidades, sublinhando que isso não significará, obrigatoriamente, descontinuar alguma licenciatura.
“Estamos a falar de uma meia dúzia de cursos que a Universidade não vê terem a receção que se esperava e ponderarmos as várias soluções”, começa por constatar. Ainda assim, o responsável alerta que essa necessidade não significa descontinuar cursos, enumerando, entre as hipóteses, a “reconfiguração de cursos ou a associação entre cursos”.
Garantindo que esta questão merece a atenção da instituição, o reitor da UMinho dá o exemplo da licenciatura em Engenharia Têxtil onde o problema não está na taxa de empregabilidade mas sim no desinteresse pelo curso. Segundo Rui Vieira de Castro esta aposta manteve-se mesmo com a crise no setor. Ultrapassada essa crise, “a procura não tem correspondido às necessidades”, uma vez que a UMinho é, “em contínuo, procurada por empresas que vão buscando engenheiros com a formação que a Engenharia Têxtil”, exemplifica.
Por essa razão, o reitor assume que é preciso encontrar a estratégia mais adequada para atrair mais estudantes para o curso. Rui Vieira de Castro afasta também a ideia de que alguns cursos tragam prejuízo financeiro para a instituição. “Tenho alguma dificuldade em fazer essa leitura, porque a verdade é que temos recursos humanos disponíveis, temos a infraestrutura física e a infraestrutura tecnológica, mas não é interessante termos esta situação”, admite.
