UMinho não aceita atitude insensata de pequeno número de alunos

A Universidade do Minho manifesta-se “profundamente desagradada” com o anúncio de praxes presenciais feito pelo ‘Cabido de Cardeais’, movimento que representa a actividade praxística da academia minhota.
Em resposta à Rádio Universitária do Minho, a reitoria da Universidade do Minho afirma que este tipo de iniciativas se “traduz em práticas ofensivas da integridade e dignidade humanas” e lembra que “proibiu há anos estas práticas no interior dos campi, continuando empenhada em demonstrar a todos os estudantes que, independentemente do lugar onde ocorrem, elas são incompatíveis com os princípios e os valores que orientam a educação superior”.
A equipa liderada pelo Reitor Rui Vieira de Castro avisa que “nunca a Universidade do Minho poderá pactuar com práticas que colocam em causa o desenvolvimento pessoal, social, intelectual e profissional dos seus estudantes, com cuja educação de qualidade a Universidade está profundamente comprometida”.
A finalizar, a instituição de ensino superior minhota vinca que “não aceita que o compromisso responsável e cooperante da generalidade dos estudantes possa ser colocado em causa por atitudes insensatas de um pequeno número de estudantes, completamente inadequadas aos tempos muito difíceis que vimos atravessando, como comunidade académica e como país”.
Já esta manhã o presidente da AAUM, Rui Oliveira, se demarcou do anúncio do Cabido de Cardeais condenando a atitude na fase actual. O representante máximo dos estudantes sublinhou que as preocupações devem estar centradas na conclusão do presente ano lectivo e na preparação do próximo, acrescentando que se tratam de actividades de menor relevância que não se justificam nas actuais circunstâncias e lembrando que a própria AAUM cancelou todas as iniciativas que tinha programado para minimizar riscos de contágio.
O mesmo fez a Junta de Freguesia de Gualtar que acusou o Cabido de Cardeais de mentir, já que não foi informada de nada, condenando este tipo de iniciativas e denunciando um caso de praxe verificado no passado fim-de-semana com estudantes de Enfermagem na freguesia de Gualtar.
Já o Cabido de Cardeais refere que vai quem quer e que estão asseguradas todas as condições para que se conclua o ano praxístico.
