UMinho mais perto de encontrar tratamento mais eficaz para a malária

Uma equipa da Escola de Medicina da Universidade do Minho, deu um importante passo no sentido de encontrar uma terapia mais eficaz para tratar a malária. O trabalho liderado por Nuno Osório, do ICVS, e Sílvia Portugal, do Instituto Max Planck, foi publicado na revista Nature.
O estudo utiliza a bioinformática para perceber qual o estado de desenvolvimento do parasita da malária nos glóbulos vermelhos.
Em declarações à RUM, o investigador revela que a assinatura de transcrição, descoberta pela dupla, revela que o tempo de circulação do parasita está associado ao potencial de crescimento e virulência da doença. “Ao identificar este conjunto de genes que estão ativos, reforçamos alvos que nos podem permitir contornar o mecanismo do parasita”, e desta forma conseguir eliminar o mesmo de uma forma mais célere.
Atualmente, o tratamento da malária é feito através da vacina da Mosquirix que apresenta uma eficácia de apenas 30% ou com antimaláricos que apresentam alguma toxicidade.
A equipa quer avançar, de uma forma mais ampla, com estudos direcionados para o sistema biológico, de modo a proceder a uma análise de transcrição utilizando uma técnica de célula única, ou seja, não analisar a transcrição em todos os parasitas no sangue, mas sim célula a célula. Um caminho que poderá levar a novos alvos terapêuticos.
A malária foi responsável, em 2019, por cerca de 400 mil mortes em África, a maioria de menores de cinco anos.
